Sócrates garante que oposição e Belém acompanharão negociações da ajuda externa

O congresso do PS, que hoje terminou em Matosinhos, caracterizou-se pela opção de cerrar fileiras em torno do líder e pela garantia de Sócrates que haverá acompanhamento da oposição e de Belém nas negociações do pedido de ajuda externa

“Asseguraremos o acompanhamento deste processo por parte de todos os órgãos de soberania e por parte dos partidos políticos”, declarou José Sócrates na sua intervenção de encerramento do XVII Congresso Nacional do PS.

Com esta declaração, o secretário-geral do PS procurou pôr fim às dúvidas sobre a forma como se processará o diálogo para um acordo político alargado em torno das medidas de garantia que Portugal terá de apresentar junto das instituições europeias para que seja possível aceder aos dispositivos de ajuda externa.

Com o Governo em situação de gestão, este foi um dos pontos que motivou maiores dúvidas nos três dias de congresso e que mereceu advertências ao executivo de socialistas de tendências tão diferentes como o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e a eurodeputada Ana Gomes.

Mas José Sócrates também definiu algumas balizas sobre o futuro processo negocial. Vincou que será o Governo a liderar as negociações com as instituições europeias e que a base dessas negociações será o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Ou seja, o documento base que estará em cima da mesa para negociações será o mesmo que foi rejeitado recentemente no Parlamento pelas forças da oposição e que motivou a demissão do Governo e consequente abertura de crise política.

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