Sporting afasta Everton e qualifica-se para os oitavos-de-final

sportingO Sporting qualificou-se ontem para os oitavos-de-final da Liga Europa ao vencer por 3-0 um Everton que veio a Alvalade para defender o golo de vantagem trazido de Inglaterra e pagou caro essa opção estratégica.

Os leões só consumaram o triunfo na segunda parte, com golos de Miguel Veloso, Pedro Mendes e Matias Fernandez, aos 64, 76 e 94 minutos, respectivamente, mas controlaram e comandaram o jogo de princípio ao fim, excepção feita aos últimos minutos, nos quais os ingleses arriscaram tudo por tudo, já em desespero de causa.

 

O Sporting não podia almejar adversário mais a jeito do que este Everton para dar uma sapatada na crise e arrancar para uma ponta final de época que atenue uma carreira no campeonato decepcionante e desastrada.

 

Uma equipa inglesa típica, tacticamente rígida, previsível, estereotipada, com a agravante de ter uma defesa vulnerável, “dura de rins”, com um defesa central (Senderos) que foi um susto permanente, “armada” num 4x5x1 pouco maleável, que permitiu sempre muitos espaços entre a defesa e o meio-campo que o Sporting soube explorar.

 

Acresce, ainda, para ajudar os “leões”, que este Everton mostrou outra faceta, esta nada tipicamente inglesa: uma postura expectante e pouco agressiva, razão pela qual nunca foi capaz de exercer “pressing” sobre os médios do Sporting, obrigando-os a cometer erros, deixando jogar, para além de ter sido completamente inofensivo nas transições atacantes.

A bola raramente chegava a Saha e quando isso acontecia era com a defesa “leonina” de frente para a bola, a neutralizar facilmente as tímidas tentativas atacantes do Everton.

 

Na primeira parte, o Sporting criou situações de golo suficientes para chegar ao intervalo em vantagem, numa das quais Moutinho fez a bola embater na barra, na execução de um livre.

O Sporting explorou muito bem o espaço entre linhas (defensiva e média dos ingleses), por onde Moutinho e Djaló, com constantes mutações de posições, surgiam para tabelar com Liedson ou jogar com as entradas de trás para a frente de Izmailov e Miguel Veloso.

 

Na segunda parte, o jogo manteve o mesmo cariz, com uma diferença: o Sporting chegou finalmente ao golo, aos 64 minutos, por Miguel Veloso, para o qual foi decisiva a entrada de Saleiro (a substituir Grimi), um minuto antes, de quem saiu a tabela a isolar o seu colega na área inglesa.

A presença de Saleiro, de resto, revelou-se importante, não tanto pelo que fez, mas porque o Sporting passou a ter mais um homem na área no apoio a Liedson, baralhando as marcações à defesa inglesa, tanto mais que o Everton, tendo sofrido o golo, foi obrigado a subir no terreno e a abrir mais espaços no seu meio-campo.

 

O segundo golo, de Pedro Mendes, aos 76 minutos, adivinhava-se face ao adiantamento dos ingleses e aos espaços que os avançados do Sporting passaram a ter nas transições rápidas para o ataque.

 

O Everton, que ainda há dias venceu o Manchester United por 3-1, revelou-se uma equipa vulgar, que só deu sinal de vida nos derradeiros minutos, quando procurava desesperadamente evitar a eliminação, mas seria novamente o Sporting a marcar, por Matias Fernandez, na última jogada do encontro.

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