Técnicos querem mais rapidez na resposta a “catástrofes ou calamidades”

O presidente da Associação de Técnicos de Segurança e Protecção Civil defende que é “importante a necessidade de melhorar” a forma como o Continente responde a eventuais situações de “catástrofe ou calamidade” nas regiões autónomas. Nos Açores, o Governo Regional promete pôr em prática um plano de apoio aos habitantes da Terceira afectados pelas chuvas de terça-feira.

 

Os Açores, sustenta Ricardo Ribeiro em declarações à agência Lusa, “têm o melhor o pior”. “Possuem um serviço de Protecção Civil muito bem organizado, com pessoas habilitadas e com meios de comunicação entre eles aceitáveis e com condições de resposta”, assinala o presidente da Associação de Técnicos de Segurança e Protecção Civil (ASPROCIVIL). No entanto, o arquipélago “está numa zona de alto risco”, a que se soma a “vulnerabilidade” decorrente da dispersão das ilhas.

 

“Parece-me importante a necessidade de melhorar a perspectiva de o Continente poder responder de forma célere relativamente a alguma catástrofe ou calamidade que exista tanto nos Açores como na Madeira”, salienta o responsável.

 

A situação da Madeira, afirma Ricardo Ribeiro, “é diferente, pois tem apenas duas ilhas”. Ainda assim, “no caso de uma grande catástrofe, aquele arquipélago não possui nem terá meios para responder a um problema que afecte toda uma ilha, daí o princípio da subsidiariedade que terá de funcionar com a mobilização de meios do Continente”.

 

Na noite de terça-feira, durante uma reunião de emergência, o Governo Regional dos Açores decidiu implementar desde já um plano para acudir às pessoas afectadas pelas consequências do mau tempo na Terceira. O Executivo de Carlos César compromete-se ainda a apoiar as intervenções a cargo da Câmara de Praia da Vitória.

No decurso de uma visita à costa Norte da Ilha Terceira, o governante garantia ontem que seriam analisadas “todas as situações”. A prioridade, explicava então Carlos César, passaria por “acautelar os bens” e divisar respostas para quem ficou sem tecto. Para atender aos casos relativos a casas que não poderão ser reabilitadas, o Governo Regional já disponibilizou, segundo a Lusa, 16 fogos no Loteamento dos Biscoitos.

Em marcha está também um plano de prevenção para as freguesias mais castigadas pelas fortes chuvas, que visa a recuperação da rede de estradas e de pontes.

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