Temos em Ponta Delgada o melhor Coliseu de Portugal, defende Bolieiro

foto“Temos em Ponta Delgada o melhor Coliseu de Portugal”! A afirmação é do Presidente do Município, José Manuel Bolieiro, que durante a apresentação do programa centenário da maior casa de espetáculos dos Açores, defendeu que “devemos elevar o nosso orgulho pelo Coliseu Micaelense, como uma referência para a cultura e para o país”.

José Manuel Bolieiro adiantou que “o Coliseu está preparado para dar dimensão cultural a Ponta Delgada e aos Açores. O seu valor e acreditação nacional e internacional deve-se ao profissionalismo dos que aqui trabalham, aos patrocinadores, aos que permitiram que este Coliseu existisse e aos que o reabilitaram, não o deixando ficar em ruínas”.

“É importante que o Município não esqueça a simbologia desta instituição de cultura icónica e valorize a história do Coliseu Micaelense em Ponta Delgada” reforçou o autarca.

 

Desígnio reforçado também pelo diretor do Coliseu Micaelense, Miguel Brilhante, que começou a sua intervenção levando todos os presentes numa viagem no tempo, marcada por iniciativas importantes que motivaram “Ponta Delgada a novos entretenimentos, entre contornos e agitações de uma sociedade diferenciada”.

“A 100 dias dos 100 anos do Coliseu Micaelense – aquele que nasceu e foi batizado de Avenida – renasce um sonho, um desejo e uma motivação: Preservar um património artístico que honre o seu passado, promover uma programação eclética que reconheça o seu presente e projetar uma casa de memórias na memória dos que nos procuram no futuro”, destacou Brilhante.

Neste sentido, foi anunciado  por Brilhante a programação das comemorações do centenário do Coliseu Micaelense que terá forma, durante o ano de 2017, em 100 eventos multifacetados, distribuídos nas categorias preservação, distinção, programação e colaboração.

No âmbito da preservação, desde logo a recuperação de eventos âncora da história do Coliseu, tais como a Lanterna Mágica, de José Barbosa, a ser recriada pela Associação Solidariedarte. A renovação no Pólo Museológico, através da introdução de mais informação alusiva e no incremento de novas tecnologias promotoras de novos nichos de mercado, tais como os de turismo cultural, interno e externo e ainda a criação de uma Micro Biblioteca Temática com a colaboração de editoras e espólios privados, estando também previsto a conceção de um espaço de souvenirs para fortalecer os roteiros turísticos das visitas guiadas.

Quanto à distinção, esta irá centrar-se na atribuição de distinções honoríficas municipais a personalidades determinantes nos 100 anos de histórias de gerações desta casa de espetáculos, em homenagens públicas através de exposições e/ou espetáculos alusivos e na celebração de dias comemorativos na sua vasta história.

No que diz respeito à programação, Miguel Brilhante destacou dois grandes eventos musicais com artistas internacionais e ainda um a dois grandes eventos nacionais mensais (alguns em fusão com artistas locais). Os grandes Bailes de Carnaval 2017 com elevada alusão e reconhecimento às edições do século passado são também destaque de um programa de aniversário que potenciará ainda o Teatro e da Comédia, a diversidade musical nos mais distintos espaços, quer no formato de café concerto, quer em Noites de Fado, a participação de artistas e agrupamentos locais na promoção da nossa cultura padrão, o lançamento de duas obras alusivas à história do Coliseu Micaelense e a realização de 4 grandes exposições – 1 da Coleção de Serralves e 3 de conceituados artistas nacionais e regionais.

Por outro lado a categoria da colaboração refere-se, segundo o diretor do Coliseu Micaelense, “ao esforço, dedicação, confiança e, acima de tudo, respeito e elevada consideração, por uma casa de espetáculos que é de cada um de nós e que cada um de nós narra, certamente, uma memorável história”.

Miguel Brilhante revelou ainda que no fim do primeiro trimestre de 2018, será lançado um livro sobre a comemoração destes 100 anos de cultura. 

O Teatro Micaelense foi erguido por iniciativa de um grupo de micaelenses presidido pelo Dr. José Maria Raposo do Amaral, com projeto do arquiteto Antonio Ayala Sanches, sendo inaugurado a 10 de maio de 1917, com o nome de Coliseu Avenida.

Foi uma das primeiras obras da arquitetura do ferro a serem edificadas em Portugal.

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