“Trajectos de uma Vida” mostra pintura de Victor Azevedo em Lisboa

“Trajectos de Uma Vida” é o título de uma exposição do pintor açoriano Victor Azevedo, que será inaugurada no próximo dia 19 de fevereiro, em Lisboa.

A mostra póstuma, a primeira após a morte do artista terceirense, pretende dar a conhecer a sua obra e extensa biografia, percorrendo todo o seu imaginário ao longo da vida. A exposição é promovida por familiares seus.

Um conjunto de telas de pintura modernista vão assim estar patentes no espaço “Atmosfera M”, em Lisboa, até 16 de março, contando com a curadoria de Clo Bourgard.

É a própria curadora quem considera que “esta exposição é uma viagem empolgante à vida e obra do pintor Victor Azevedo. O pintor dos Açores… o mestre da luz”, refere num texto que convida o público a, “em forma de homenagem, conhecer obras inéditas do artista”, que refere possui “um percurso intimista muito estimulante” e “uma obra única, com técnicas específicas de representar a vida quotidiana das paisagens rurais dos Açores e aspetos simbólicos da cultura Portuguesa”, explica.

“Trajectos de uma vida” mostra “não só desenhos e pinturas ao longo da sua carreira, mas também uma mistura de diferentes linguagens. Uma pincelada inesquecível, com contornos ousados ao nível da técnica e estética”, acrescenta a consagrada artista.

Clo Bourgard destaca ainda “a forma como representa os Açores, Lisboa e outras cidades, com uma frontalidade cognitiva notável”, sublinhando que “a série dos Pianos é incrivelmente expectante de som e harmonia musical. Trata-se de um pintor modernista do final do século XX, de viragem para o XXI, em constante evolução para uma linguagem e forma de representação elegantemente estilizada”, diz.

Natural de Angra do Heroísmo, Victor Azevedo faleceu em agosto de 2019, vítima de doença prolongada. O artista açoriano expôs durante várias décadas em vários locais de renome.

Um dos dos seus trabalhos mais importantes, “Espírito Santo”, está exposto no Vaticano.

Foi discípulo de Domingos Rebelo, até ingressar no Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Foi professor de Educação Visual até à idade da reforma, atividade que lhe permitiu “apenas pintar quando e como queria, não dependendo da Pintura para viver”, disse, num texto autobiográfico.

Está representado em várias coleções de organismos oficiais, como o Gabinete do atual Representante da República para os Açores, a Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo, a Secretaria Regional de Saúde e Segurança Social, a ex-Secretaria Regional da Administração Interna, a RTP/Açores, o C.E.R.-Centro de Educação e Reabilitação da Ilha Terceira, a Caixa Económica da Misericórdia/Calheta ou o Hotel Beira-Mar, em Angra do Heroísmo.

 

 

Miguel Sousa Azevedo

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