TSD/Açores alertam para “choque social muito grave” em curso

Os Trabalhadores Social-Democratas dos Açores (TSD) manifestaram hoje “a sua indignação perante as medidas de austeridade” em curso, acusando o governo “de pretender cortar salários e aumentar impostos para garantir um Estado cada vez mais incapaz de dar o exemplo”, considerou esta tarde o seu porta-voz Rui Ramos, em Angra do Heroísmo.
 
“É absolutamente necessária uma urgente mobilização para vencer tamanhas dificuldades”, referiu, sublinhando que “os TSD açorianos estarão solidários com todas as medidas que as organizações de trabalhadores adoptarem, a fim de expressar a sua indignação perante este estado de coisas”, garantiu.
 
Segundo Rui Ramos, Sócrates anunciou “um pacote de medidas de austeridade, impondo o pagamento da sua própria irresponsabilidade e incompetência governativa”, isto depois “de ter dito que o mais fácil seria aumentar os impostos, mas que não ia sobrecarregar mais os contribuintes”, lembrou.
 
“A redução salarial está aí e será duramente sentida pela esmagadora maioria das famílias portuguesas e açorianas”, disse o social-democrata, acusando Sócrates “de mentir aos portugueses e contou com o silêncio e com a cumplicidade de Carlos César, seu apoiante de primeira linha”, referiu
 
“Este é um verdadeiro choque social, pois a realidade que animava Sócrates e o seu camarada César passou abruptamente de cor-de-rosa a cinzento, temendo agora os trabalhadores pelo emprego e as famílias pela sua própria estabilidade e segurança económica”, disse Rui Ramos.
 
“O PEC III fez cair a máscara que escondia o país real, e passamos agora à dura e triste realidade das medidas de austeridade, que constituem o pior e mais grave ataque ao estado social de que há memória em Portugal”, garantiu.
 
“Redução salarial, congelamento das pensões e progressões na administração pública, redução das despesas com os medicamentos, o aumento do IVA e a revisão do sistema de taxas, multas e outras penalidades. Tudo serve para aumentar as receitas de um Estado pobre, mas que há muito faz vida de milionário”, assegurou o porta-voz dos TSD na região.
 
“E precisamente quando se pedem grandes sacrifícios a quem trabalha, o governo continua a agir dessa forma. Com que moral, com que autoridade se pode exigir tamanho aperto de cinto, quando o exemplo não vem de cima?”, perguntou Rui Ramos na declaração lida aos jornalistas.
 
“Será sério exigir sacrifícios aos trabalhadores portugueses, quando temos no sector público empresarial um caso como o de Fernando Gomes – administrador da Galp – a auferir uma média de 37 mil euros por mês, cerca de 529 mil euros por ano? Pensamos que não”, concluiu Rui Ramos.

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