Ponta Delgada passou a dispor desde da passada quinta-feira de um serviço de atendimento exclusivo para o diagnóstico da Gripe A. Embora seja actualmente
considerado sobredimensionado para as actuais necessidades, fica preparado para mais atendimentos caso se revelem necessários.
Neste momento existem nos Açores 117 casos confirmados de pessoas infectadas com gripe A, mas o secretário regional da Saúde admitiu ontem que o número de casos poderá “aumentar significativamente em Setembro”, período de regresso de férias e reabertura das aulas. A este propósito, o governante disse estar na posse de diversos estudos, sendo que o mais optimista aponta para um total de 25% da população do arquipélago infectada, enquanto que outras análises apontam para um total de população infectada na ordem dos 40 por cento.
Os doentes que recusem usar máscaras nas unidades de saúde, após o diagnóstico da gripe A (H1N1), podem ser detidos e incorrerem numa pena de um a oito anos de prisão, segundo a Direcção Nacional da PSP.
Os pacientes que não adoptem as medidas de segurança activas para a gripe A “incorrem no crime de propagação de doença, previsto e punido pelo artigo 283 do Código Penal com uma pena de prisão de um a oito anos”, disse à Agência Lusa o porta-voz da PSP.
Caso os doentes recusem usar máscara, o médico pode pedir ajuda à PSP, que dará “ordens claras e precisas ao paciente no sentido deste adoptar medidas de segurança activas”, nomeadamente o uso de máscara de protecção. Se a ordem for acatada, a Polícia de Segurança Pública (PSP) apenas reporta a ocorrência.
Se a recusa se mantiver, “a PSP pode deter o paciente pelo crime de propagação de doença e este fica sob detenção em unidade hospitalar de referência e em reclusão até à sua cura”, explicou à Lusa o comissário Paulo Flor.
Contudo, sustentou, “estes procedimentos só são aplicados quando o diagnóstico é confirmado por testes laboratoriais”.
Entretanto, a Associação dos Médicos de Clínica Geral considerou positiva uma proposta que defende que os clínicos dispensados das urgências, e os reformados, reforcem o atendimento à gripe, caso se revele necessário.
Lusa