Tutela prevê que Gripe A irá afectar entre 25 a 40%

saude-gripe-analisesPonta Delgada passou a dispor desde da passada quinta-feira de um serviço de atendimento exclusivo para o diagnóstico da Gripe A. Embora seja actualmente
considerado sobredimensionado para as actuais necessidades, fica preparado para mais atendimentos caso se revelem necessários.

Neste momento existem nos Açores 117 casos confirmados de pessoas infectadas com gripe A, mas o secretário regional da Saúde admitiu ontem que o número de casos poderá “aumentar significativamente em Setembro”, período de regresso de férias e reabertura das aulas. A este propósito, o governante disse  estar na posse de diversos estudos, sendo que o mais optimista aponta para um total de 25% da população do arquipélago infectada, enquanto que outras análises apontam para um total de população infectada na ordem dos 40 por cento.

 

 

 

 

Face a tais cenários, o secretário regional da Saúde garantiu ontem que os testes à gripe A (H1N1) vão continuar a ser feitos nos Açores a todos os casos suspeitos, uma vez que “do total de casos investigados apenas 38 por cento são positivos”. Note-se que no território continental, os testes só estão a ser feitos a doentes cujo quadro clínico se justifique.
“Nos Açores vão continuar a ser feitas as análises laboratoriais a todos os casos suspeitos de gripe A. Isto porque do total de casos investigados apenas temos 38 por cento de casos que são positivos com gripe A (H1N1)”, adiantou o secretário regional da Saúde, após uma visita ao Serviço de Atendimento da Gripe A (SAG) do Centro de Saúde de Ponta Delgada. Segundo Miguel Correia, trata-se de “uma percentagem diminuta, daí que não se poderá partir já para uma fase de mitigação”.
“Temos sobretudo que garantir que estas pessoas sejam diagnosticadas e recebam a sua terapêutica adequada”, sublinhou o secretário regional da Saúde, acrescentando que as análises vão ser feitas a todos os casos suspeitos “até ser esgotada a capacidade dos laboratórios”.
Por outro lado, o governante avançou também que todos os Serviços de Atendimento da Gripe A (SAG) vão “entregar aos doentes um kit com um folheto informativo, máscaras e medicação”, um procedimento que o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, já havia implementado.
Quanto ao SAG de Ponta Delgada, é considerado  exemplar, e mesmo sobredimensionado para as necessidades actuais e previstas. Partilhando o mesmo horário de funcionamento do SAU, a unidade para atendimento a suspeitas e casos de gripe A, funciona  de modo autónomo face às outras valências hospitalares e contempla um serviço prévio de análise das situações e, o diagnóstico completo e respectiva orientação de casos dados como positivos.

 
Os doentes que recusem usar máscaras nas unidades de saúde, após o diagnóstico da gripe A (H1N1), podem ser detidos e incorrerem numa pena de um a oito anos de prisão, segundo a Direcção Nacional da PSP.
Os pacientes que não adoptem as medidas de segurança activas para a gripe A “incorrem no crime de propagação de doença, previsto e punido pelo artigo 283 do Código Penal com uma pena de prisão de um a oito anos”, disse à Agência Lusa o porta-voz da PSP.

 

 
Caso os doentes recusem usar máscara, o médico pode pedir ajuda à PSP, que dará “ordens claras e precisas ao paciente no sentido deste adoptar medidas de segurança activas”, nomeadamente o uso de máscara de protecção. Se a ordem for acatada, a Polícia de Segurança Pública (PSP) apenas reporta a ocorrência.

 
Se a recusa se mantiver, “a PSP pode deter o paciente pelo crime de propagação de doença e este fica sob detenção em unidade hospitalar de referência e em reclusão até à sua cura”, explicou à Lusa o comissário Paulo Flor.
Contudo, sustentou, “estes procedimentos só são aplicados quando o diagnóstico é confirmado por testes laboratoriais”.

 
Entretanto, a Associação dos Médicos de Clínica Geral considerou  positiva uma proposta que defende que os clínicos dispensados das urgências, e os reformados, reforcem o atendimento à gripe, caso se revele necessário.

 

 

 

 

Lusa

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