UGT quer saber impacto das medidas do Governo Regional

A UGT/Açores pediu hoje ao Governo Regional que explique como está a concretizar as 24 medidas que anunciou para combater o desemprego na região e qual o seu grau de execução.

“Passados dois meses, quase três, entendemos que é importante para nós e para a opinião pública que o Governo diga como foram corporizadas estas medidas, isto é, que medidas legislativas é que estão a ser tomadas para a concretização destas 24 intenções e qual é a taxa de execução”, afirmou Francisco Pimentel, presidente da UGT/Açores, numa conferência de imprensa após o III Conselho Geral da estrutura.

Francisco Pimentel insistiu ser “importante” que o Governo regional “dê o ponto da situação” da execução das medidas que anunciou, face à dimensão do desemprego nos Açores, alertando que a região tem 18.200 desempregados, “uma situação grave que implica medidas de emergência social para atacar este flagelo social”.

“Não basta anunciar medidas é preciso também envolver e informar os parceiros sociais, a UGT sempre disse que está disponível para acompanhar e melhorar e não temos tido informação daquilo que são as medidas executadas”, afirmou.

O executivo, considerou, tem “a obrigação de criar confiança na opinião pública”, nomeadamente junto dos desempregados e envolver também os parceiros sociais, “sob pena se de criar a sensação de que foram mais medidas ‘show off’”.

Dois meses após o anúncio das medidas, a UGT/Açores alega “não saber qual a forma legislativa” de implementação e “o ponto de situação”.

“Temos aqui medidas que se diz que vão atingir 700 novos estagiários e passados dois meses já foram abrangidos 200, 150, 300, 400?”, questionou o dirigente da UGT/Açores.

Francisco Pimentel disse ainda temer que “o desemprego continue a aumentar” nos Açores, porque “grande parte dos desempregados resulta do setor da construção civil que está em crise”.

“Vamos entrar num período sazonal, de verão, em que existe maior fluxo de turistas e alguma dinamização e poderá existir algum retrocesso pontual, mas o que vai ser importante vai ser o final que época de verão, pois aí vai haver a retoma daquilo que é a situação económica real e provavelmente o desemprego poderá ter tendência para aumentar”, sustentou.

Relativamente à questão dos subsídios de férias e de natal dos trabalhadores da Administração Pública, a UGT/Açores reafirmou a sua posição da reposição dos pagamentos, tendo Francisco Pimentel sublinhado que a estrutura “aguarda que o Tribunal Constitucional se pronuncie rapidamente” sobre aquela matéria.

 

Lusa

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