Valor de propinas mantém-se na Universida​de dos Açores

O presidente do Conselho Geral da Universidade dos Açores, Ricardo Madruga da Costa, disse hoje que foi chumbada a proposta para aumentar as propinas da Universidade em cerca de 30 euros anuais.
“Em relação à proposta que a Reitoria fez ao Conselho [Geral] no sentido de fixar as propinas num montante superior ao montante anterior em 2,8%, que é a taxa de inflação, essa proposta não foi aceite”, referiu Madruga da Costa à saída de uma reunião do Conselho Geral que durou cerca de nove horas.
A atualização do valor da propina tinha sido uma sugestão do Reitor da Universidade dos Açores, Jorge Medeiros.
Caso a proposta tivesse sido aceite, o valor da propina passaria de 935 euros para 961 euros anuais.
Face às acusações da Associação Académica da Universidade dos Açores de que houve uma alegada “cobrança indevida” de propinas “a alunos que não as pagaram na totalidade por motivos vários”, e que representam cerca de 3.200 alunos, o presidente do Conselho Geral destacou que que a academia “não pode prescindir de receitas que lhe são devidas”.
“Há um montante muito elevado em dívida desde 2004, de valor de propinas que estão por cobrar, e a Reitoria está a trabalhar para resolver esse problema. A Universidade dos Açores está numa situação financeira muito complicada e não pode prescindir de receitas que lhe são devidas”, sublinhou.
O montante de propinas em atraso abrange cerca de três milhões de euros, num valor acumulado desde 2004 e que está agora a ser cobrado aos alunos, tendo muitos deles recebido cartas com a cobrança.
“É um processo relativamente demorado, mas a Reitoria está apostada em minimizar o mais possível este montante em dívida”, disse o representante máximo do Conselho Geral.
Ricardo Madruga da Costa admite olhar com preocupação para o futuro da Universidade dos Açores tendo em conta a “situação do país” e não sendo “previsível que as restrições abrandem”.
“A Universidade dos Açores, entre as Universidades Portuguesas, é provavelmente aquela que vai ter de enfrentar as dificuldades mais gravosas”, admitiu.

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