Vasco Cordeiro errou ao não demitir Suzete Frias – Duarte Freitas

assembleiaO PSD/Açores, na voz do seu líder parlamentar, questionou hoje o Governo Regional, sobre o relatório da Inspecção Regional de Saúde à instituição ARRISCA, onde segundo a auditoria, a ex-diretora da instituição, Suzete Frias – agora Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências, “enquanto fundadora e dirigente da Arrisca foi pessoalmente beneficiada por decisões tomadas pela direcção que presidia, ao auferir um salário superior a 4 mil euros mensais”, considerando Duarte Freitas que, Vasco Cordeiro errou ao “não demitir uma pessoa que cometeu uma imoralidade protegida por si”, sublinhando que está em causa o “sentimento de impunidade absoluta” dos governantes socialistas, “que acham que podem fazer tudo o que quiserem e que ninguém lhes diz nada”.

“O sentimento de impunidade anda de mão dada com a vertigem do poder absoluto. Mas costuma acontecer nas vésperas da queda do regime”, frisou Duarte Freitas.

 

No debate, André Bradford criticou “o ataque personalizado que o PSD Açores promoveu contra a ex-presidente da Associação Arrisca”, considerando que “as acusações feitas pela bancada social-democrata não se fundamentaram “na violação da lei, porque ela não existiu”, mas sim num “suposto padrão de decência, que mais não é do que a soma das opiniões, das interpretações, das insinuações e das inquietações do PDS e da sua liderança nos tempos que correm”.

Considerar que 4 mil euros “é um valor “milionário” – como acusou a oposição – e condenar quem o recebe, exige que se faça o mesmo em relação aos técnicos superiores da função pública com carreira semelhante. Que se faça o mesmo juízo, em relação aos técnicos de outras instituições de solidariedade social nos Açores e, até mesmo em relação, aos próprios deputados. Não sejamos hipócritas (…) todos nós ganhamos mais do que isso. Consideram-se os senhores deputados pagos de uma forma milionária?”, questionou o líder socialista.

 

Sobre o relatório, o Presidente do Governo garantiu que o documento da Inspeção Regional de Saúde à instituição ARRISCA, “não diz em parte nenhuma que a Dra. Suzete Frias decidiu, em causa própria aumentar-se ou contratar consigo própria”, anunciando a propósito que o Executivo vai apresentar à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores uma proposta para que a publicação dos relatórios das inspecções da Administração Regional passe a ser regra na Região.

No decorrer do debate parlamentar, Vasco Cordeiro assegurou que Suzete Frias não é remunerada como presidente da Arrisca, e sim por implementação e supervisão de projectos, coordenação de várias valências, como psicóloga, responsável de programas de substituição opiácea, sendo a sua nomeação para Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências alicerçada no seu currículo académico e profissional, garantiu o governante, e lamentou que Duarte Freitas tenha aproveitado esta “pequenina história, envolveu-a num manto de meias verdades e de mentiras” e que a tenha apresentado como “um grande problema”.

 

“Vergonha”, “escândalo” e “imoralidade” para além de alusões ao caso recente da Rarissimas foram palavras ouvidas de toda a oposição, que consideraram unanimemente que esta situação “viola os padrões de ética e de moral”.

O Executivo açoriano informou entretanto que já deu cumprimento às recomendações constantes do relatório da auditoria da Inspeção Regional de Saúde à ARRISCA, “no âmbito da transparência e da função de acompanhamento e fiscalização dos recursos públicos atribuídos às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da Região”.

 

 

 

 

Açores 24Horas /SM

talholagoa1

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