Vasco Cordeiro inaugura novo Matadouro do Faial integrado na estratégia de reforço da agricultura

O Presidente do Governo inaugurou hoje o novo matadouro da ilha do Faial, um investimento superior a cinco milhões de euros que se integra na estratégia de fortalecimento da agricultura açoriana e de reforço da competitividade do setor da carne.

“Este novo matadouro do Faial é, assim, um exemplo concreto de mais um instrumento ao serviço da economia do Faial e da Região, no âmbito daquele que considero ser um trabalho estrutural que está em curso nos Açores ao nível da fileira da carne”, afirmou Vasco Cordeiro.

No primeiro ponto da visita de trabalho de todo o Executivo à ilha, o Presidente do Governo salientou que esta estratégia tem produzido resultados concretos e objetivos ao longo do tempo, permitindo que a fileira da carne se assuma hoje, por mérito próprio, como uma importante atividade económica nos Açores.

“Basta referir, por exemplo, que, em 10 anos, o consumo local de bovinos na Região cresceu 19% e a exportação de carcaças uns expressivos 352%. Se nos fixarmos nos primeiros nove meses deste ano, comparativamente com igual período em 2017, o crescimento nos abates de bovinos para consumo local foi de 1,9% e de 19,5% para a exportação”, salientou.

Estes bons indicadores não significam que, nesta área, está tudo feito, sublinhou Vasco Cordeiro, para quem é preciso ter sempre a consciência que este é um caminho que nunca estará completo “porque temos, nesta área, importantes desafios a que temos de dar resposta, como é o caso do melhoramento ao nível do acabamento dos animais, da transformação com maior valor acrescentado e procura incessante por novos mercados que valorizem mais as nossas produções, gerando mais rendimento desta atividade”.

Na sua intervenção, o Presidente do Governo adiantou, por outro lado, que, em breve, serão inauguradas as obras de ampliação do matadouro da ilha Terceira, orçadas em 1,6 milhões de euros, estando também em curso a construção do novo matadouro da ilha Graciosa e a requalificação do matadouro de São Miguel, além de outros investimentos que estão planeados para outras ilhas, como é o caso de São Jorge.

“O investimento em novos matadouros ou na requalificação dos já existentes totaliza cerca de 15 milhões de euros e permitirá valorizar esta fileira, criar condições para incrementar a comercialização e, no fundo, garantir a sustentabilidade e reforçar a competitividade da produção de carne nos Açores”, disse.

O Presidente do Governo anunciou também que está em curso o trabalho no sentido de concluir, na presente legislatura, a certificação dos matadouros e salas de desmancha com a norma ISSO 22000, um processo permitirá conferir maior vantagem competitiva à carne dos Açores no mercado externo à Região.

“A aposta na melhoria da qualidade da carne produzida na Região tem tido efeitos práticos muito satisfatórios e importantes, desde logo ao nível de uma maior valorização do produto, com vantagens para a economia açoriana e para os produtores”, salientou.

De acordo com dados dos operadores no mercado regional, a carne de vaca já obteve este ano uma valorização de 10 a 15 cêntimos por quilo, os vitelões de 15 a 20 cêntimos por quilo e os novilhos valorizaram cerca de 20 cêntimos por quilo.

O novo edifício integra, para além do matadouro, uma zona destinada ao serviço de Classificação de Leite e outra à Delegação do IAMA na ilha do Faial.

A nova unidade de abate contempla todos os requisitos para que se cumpram integralmente as exigências tecnologias, higio sanitárias e ambientais legalmente impostas, salvaguardando-se assim a qualidade das carnes e a saúde dos consumidores e público em geral.

Dispõe também de uma estação de tratamento de águas residuais industriais, de uma unidade de preparação e acondicionamento de subprodutos e despojos gerados no âmbito do processo de abate e de uma unidade preparação e desmancha.

É constituído por uma nave de abate com capacidade instalada de 15 a 20 bovinos/hora e de 40 suínos/hora, uma abegoaria com capacidade para 37 bovinos em parques individuais e 56 suínos ou 14 bovinos ou ainda 66 ovinos/caprinos em parques coletivos, bloco de frio com capacidade de refrigeração de 145 carcaças em que se salienta a existência de três câmaras de duplo regime (arrefecimento e conservação de carcaças) e uma sala de desmancha com capacidade para 10 carcaças de bovino/dia ou 20 carcaças de suínos/dia

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