Vasco Cordeiro recusa “injetar mais dinheiro” na LactoPico para resolver problemas financeiros

O presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, recusou hoje “injetar mais dinheiro” na LactoPico, a cooperativa agrícola de laticínios da ilha do Pico, que não paga aos produtores da ilha há nove meses, por dificuldades de tesouraria.
Em resposta às perguntas colocadas hoje pela bancada do PSD no Parlamento dos Açores, reunido na cidade da Horta, o chefe do Executivo regional disse que o problema financeiro da cooperativa não deve ser resolvido com a simples injeção de verbas.

“Quem entender que se deve continuar a injetar dinheiro dessa forma, ou seja, cheque para pagar dívida do setor cooperativo da região, está no seu inteiro direito”, admitiu Vasco Cordeiro, considerando porém que “não é esse o entendimento do Governo” açoriano.

Vasco Cordeiro lembrou que o Executivo já reuniu com a Direção da LactoPico para tentar encontrar soluções para os problemas financeiros da cooperativa, mas lamentou que a proposta do Governo tenha sido rejeitada em assembleia-geral, pelos produtores locais.

Segundo explicou, a ideia era recorrer a um empréstimo bancário, cujos compromissos de dívida seriam assumidos de forma “tripartida” entre a LactoPico, os agricultores e o Governo.

Cláudio Lopes, deputado do PSD, lembrou que a LactoPico tem uma dívida de cerca de 4 milhões de euros e que os 60 produtores de leite da ilha estão com “nove meses de pagamentos em atraso”, situação que está a gerar “grandes dificuldades a cerca de uma centena de famílias”.

“Por se tratar de verbas muito elevadas, e por ser percetível que esta indústria atravessa uma crise muito profunda, assistimos com elevada preocupação à fragilidade desta cooperativa e ao impacto negativo que esta situação está a causar”, advertiu o deputado social-democrata.

Cláudio Lopes entende, no entanto, que a situação da LactoPico só será resolvida através da “injeção de dinheiro”, quer seja através de um empréstimo bancário, quer seja através de um apoio direto do Governo, sublinhando que, o que é necessário é “ultrapassar esta crise” rapidamente.

 

Lusa

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