Vasco Cordeiro reitera que “conjuntura” não permite aumentar salário mínimo

O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, reiterou hoje que “a conjuntura” não deixa “margem de manobra” para aumentar o acréscimo dado ao salário mínimo nacional no arquipélago, em resposta a uma reivindicação da CGTP
 

“Entendemos que a conjuntura que vivemos neste momento não dá a margem de manobra necessária para enveredarmos por esse caminho”, frisou, em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência com representantes da CGTP/Açores, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

O presidente do executivo açoriano admitiu, no entanto, “seguir este caminho” quando a conjuntura se alterar, afirmando que o Governo Regional não entende que “deve haver um salário mínimo baixo” para favorecer a criação de emprego.

Em relação a esta matéria, salientou que existe uma “diferença” entre o Governo Regional e o Governo da República.

A CGTP/Açores tem vindo a defender, no âmbito do Caderno Reivindicativo dos Trabalhadores Açorianos, que o acréscimo regional ao salário mínimo nacional passe de 5 para 7,5%.

O coordenador regional da CGTP, Vítor Silva, disse aos jornalistas que foi apresentada hoje uma nova proposta ao presidente do Governo Regional para que este aumento se verifique apenas até ao Governo da República aumentar o salário mínimo nacional.

“Quando houvesse atualização do salário mínimo nacional voltávamos na Região a ter os 5%”, explicou, acrescentando que “isso permitia que o Governo Regional pudesse agir de forma diferente daquela que tem sido feita pelo Governo da República”.

O coordenador da CGTP revelou ainda que em breve a confederação deverá entregar uma petição pública na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, reivindicando esse aumento.

Vasco Cordeiro recebeu também hoje em audiência representantes do Conselho Diretivo Regional da Ordem dos Enfermeiros, que lhe entregaram propostas para a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde.

Segundo Tiago Lopes, representante da Ordem dos Enfermeiros nos Açores, o executivo deverá ter em atenção a forma como estão a ser reorganizados os cuidados nas unidades de saúde.

O representante dos enfermeiros deu como exemplo o encerramento do Serviço de Atendimento Urgente (SAU) no Centro de Saúde de Ponta Delegada, considerando que a política “não foi a mais correta”.

“Os cidadãos têm-se queixado com alguma dificuldade no acesso às urgências e às consultas”, frisou, acrescentando que tem havido uma maior afluência de utentes às urgências do hospital de Ponta Delgada.

Tiago Lopes alertou também para problemas na gestão das próprias unidades de saúde, salientando que há enfermeiros que se veem obrigados a deixar de lado algumas atividades, como a saúde escolar, devido à exigência de cobrir um horário “das 8:30 da manhã às 8:00 da noite”.

 

Lusa

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