Veleiro apreendido vai ser navio-escola para escuteiros marítimos

Um veleiro apreendido com droga há nove anos ao largo das Flores, nos Açores, vai voltar a navegar nas mãos dos Escuteiros Marítimos de S. José, em Ponta Delgada, que estão a transformá-lo em navio-escola.

“Depois de recuperado na sua traça original, será um navio-escola para utilização dos escuteiros marítimos e de outros jovens que fazem atividades connosco”, afirmou Luis Machado, adjunto da direção do Agrupamento 1.197, em declarações à Lusa, frisando que este era um sonho perseguido há muito, já que apenas dispunham de embarcações pequenas, que “não permitiam grandes viagens”.

Luís Machado salientou que o veleiro, com 16 metros de comprimento, é propriedade do Estado, tendo sido colocado à disposição dos escuteiros marítimos através de um protocolo com a Polícia Judiciária.

A embarcação, agora batizada ‘Almirante Warington Baden-Powell’ em homenagem ao fundador do escutismo marítimo mundial, já tem “motor e o casco recuperado”, mas ainda falta o mastro, que está partido, e a recuperação de todo o interior, incluindo o material de comunicações.

Para colocar o veleiro a navegar “faltam 25 mil euros”. Os escuteiros que esteja pronto durante o segundo semestre deste ano.

“Não há qualquer agrupamento do Corpo Nacional de Escutas do país que tenha um veleiro”, frisou Marco Cidade, chefe do agrupamento de escuteiros, salientando que o navio permitirá “adquirir várias insígnias de competência segundo o método escutista, tendo em conta a oportunidade para desenvolver aptidões e conhecimento dentro de uma determinada área, neste caso carpinteiro naval ou navegador”.

No mesmo sentido, Luís Machado salientou que a recuperação deste veleiro permitirá a realização de “importantes atividades marítimas” ao funcionar como navio-escola, além de possibilitar a participação em regatas ou servir de meio de transporte entre as ilhas dos Açores.

“Vão aprender a sério a atividade marítima, desde a navegação astronómica até à utilização de novas tecnologias ou a arte dos nós”, frisou Luís Machado.

O veleiro, com lotação para oito elementos, foi construído na Suécia em 1980 e a sua recuperação conta com o apoio da Marinha Portuguesa, do Governo dos Açores e de várias empresas.

 

Lusa

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