O início da operação do segundo navio tem vindo a ser sucessivamente adiada, tendo o último atraso sido provocado pela descoberta de uma fissura com cerca de 30 centímetros no tanque de combustível de longo curso.
O problema foi descoberto no final da semana passada, quando o Viking estava a ser abastecido em Liverpool para iniciar a viagem para os Açores, tendo a Atlânticoline admitido a possibilidade de vir a optar por outro navio, caso a reparação fosse demorada.
Num comunicado divulgado ao final da tarde de hoje em Ponta Delgada, a empresa revelou que “a reparação já se iniciou e prevê-se que esteja concluída em breve”, mas não adianta qualquer data para a chegada do navio aos Açores.
A reparação em curso passa pela “aplicação de um reforço de cerca de 120 centímetros”, após o que “será realizado um teste pneumático ao tanque para garantir a eficácia da reparação”.
Antes de partir para os Açores, o Viking ainda terá que ser submetido a inspecções pelas autoridades inglesas e portuguesas.
“A data de início de operação do navio Viking será divulgada logo após a realização de todas as inspecções e a garantia que o navio se encontra em perfeita e total segurança para a operação deste ano”, refere o comunicado.
O Viking deveria ter começado a operar a 22 de Junho, mas a data teve que ser adiada para 11 de Julho devido a atrasos nas obras de adaptação aos portos açorianos.
Posteriormente, devido a um acidente com o piloto que deveria trazer o navio de Liverpool para Ponta Delgada, o início da operação foi adiado para 13 de Julho, mas esta data também acabou por não ser cumprida, devido à descoberta do problema no tanque de longo curso.
Este foi apenas um dos percalços ocorridos este ano com a operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas açorianas, que deveria ter arrancado a 13 de Maio com o navio Atlântida, tendo a segunda fase início em meados de Junho com o navio Express Santorini.
O diferendo com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que culminou com a recusa do Atlântida por parte do governo açoriano, obrigou a arrancar a operação com o Express Santorini, implicando a necessidade de encontrar um segundo navio para a segunda fase.
A Atlânticoline escolheu o Viking mas a sua utilização nos portos açorianos implicou a realização de adaptações, nomeadamente a colocação de uma porta lateral, o que originou o primeiro atraso na sua chegada, agora sem data marcada.
O Viking tem cerca de 100 metros de comprimento e consegue atingir uma velocidade de 35 nós, dispondo de capacidade para transportar 690 passageiros e 140 viaturas.
Por seu lado, o Express Santorini, que mede 117 metros, apenas consegue uma velocidade máxima de 19,5 nós, tendo capacidade para 650 passageiros e 120 viaturas.
Lusa