Viveiros regionais têm 500 mil plantas endémicas para ajudar a preservar a floresta

florestaOs viveiros florestais dos Açores produziram nos últimos três anos cerca de 500 mil plantas endémicas de espécies como azevinho, louro, urze e uva da serra, que estão a ajudar a preservar a biodiversidade da floresta do arquipélago

A produção de plantas endémicas em viveiros começou em 1994, tendo em vista a reflorestação de parques, o projeto Life Priolo e os planos de ordenamento das bacias hidrográficas das Furnas e das Sete Cidades, em S. Miguel.

Os viveiros dos Serviços Florestais do Nordeste, pioneiros nesta área, produziram no ano passado 131 mil plantas, enquanto os viveiros das Furnas, no vizinho concelho da Povoação, têm capacidade para disponibilizar 70 mil plantas por ano.

“Atualmente temos cerca de 120 mil plantas de espécies endémicas envasadas”, afirmou Carina Nóbrega, responsável pelos viveiros florestais, em declarações à Lusa.

Carina Nóbrega salientou que cada ilha dos Açores produz “consoante a escala de plantação”, frisando que os viveiros tinham em 2007 cerca de 77 mil plantas endémicas, mas atualmente têm “cerca de 500 mil”, o que permite responder às necessidades de reflorestação.

A introdução de novas técnicas e a criação de novas infraestruturas “tem permitido produzir mais num tempo mais reduzido”, salientou esta responsável, apontando o caso das estufas e dos sistemas de rega ou a “adoção de contentores rígidos em vez de sacos plásticos”.

A produção dos viveiros, além da reflorestação, destina-se a “abastecer as áreas que vão ser arborizadas na Lagoa das Furnas e nas Sete Cidades com a implementação dos planos de ordenamento da bacia hidrográfica”, sendo ainda as plantas utilizadas na arborização dos taludes das vias rápidas em construção em S. Miguel.

A criptoméria japónica e outras espécies folhosas, como os carvalhos e as nogueiras, são também produzidas em estufas e destinam-se aos parques florestais, podendo ainda ser cedidas a privados para “aumentar a biodiversidade das áreas florestais”.

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