Os documentos incluem propostas, introduzidas pela oposição e o CDS/PP foi o único a votar ao lado da maioria socialista, mas, apenas em relação ao Plano de Investimentos. O PCP absteve-se no Plano e no Orçamento.
Por essa razão, o próprio presidente do Governo, Carlos César, interrompeu os trabalhos para solicitar ao Parlamento que não admitisse as propostas do líder monárquico, Paulo Estevão.
O Plano foi aprovado com os votos favoráveis do PS e do CDS/PP, com a abstenção do PCP, ao passo que, o PSD, Bloco de Esquerda e PPM votaram contra.
O Orçamento obteve apenas os votos favoráveis da maioria socialista.
No final da votação, os partidos políticos foram, quase todos, críticos: António Marinho do PSD lamentou que a maioria socialista tenha chumbado quase todas as propostas da sua bancada e disse “ser inconcebível não terem aceite um contributo para os açorianos”, o que mereceu por parte de Hélder Silva, líder parlamentar do PS o reparo de que” a maioria aceitou os contributos de quase todos os partidos, com excepção das propostas do PPM”.
Satisfeito com o resultado da votação ficou Artur Lima do CDS, dizendo que “o seu partido deu um exemplo de oposição, criticando, mas também contribuíndo, através de propostas de encontro aos interesses das famílias e dos açorianos”.
O Bloco de Esquerda, apesar de ter visto as suas propostas aprovadas, disse “esperar muito mais dos documentos e não vê uma mudança de rumo nas políticas aprovadas”.
Quanto à leitura que faz o PCP, Aníbal Pires afirmou “que as suas propostas são, apenas, um contributo para melhorar o Plano e Orçamento para 2010″.
Já Paulo Estevão, do PPM, afirmou”que o Plano e o Orçamento estão mortos à nascença, não contendo nada de especial contra o desemprego, o colapso da construção civil, da agricultura e das pescas”.
Na recta final do debate, já madrugada, o presidente do Governo voltou a reforçar algumas medidas de apoio à construção civil: César quer mais qualificação dos operários, para que tenham melhores garantias de trabalho, no futuro.
Carlo César anunciou ainda um investimento de 30 milhões de euros para a promoção turística dos Açores nos Estados Unidos da América e Canadá e divulgou que o Executivo vai lançar, já em 2010, um projecto-piloto de embalamento do pescado e instalar um centro logístico de distribuição de peixe em Lisboa.
RTP – Ricardo Freitas / Carlos Tavares
