Associações de pesca levam Estado a tribunal

barco-pescaO Tribunal Administrativo de Ponta Delgada inicia segunda-feira o julgamento do processo que associações de pesca apresentaram contra o Estado português em 2004, na sequência da liberalização do acesso à subzona dos Açores da Zona Económica Exclusiva nacional.

 

Em termos práticos, esta acção judicial pretende que o Estado “seja condenado a fazer fiscalização e a indemnizar as associações pelos danos causados”, revelou hoje à Lusa fonte de uma das associações envolvidas no processo.

Segundo esta fonte, a liberalização das mares do arquipélago, que reduz a zona económica exclusiva das 200 para as 100 milhas, “já se está a fazer sentir, com a presença de embarcações espanholas a pescar” no arquipélago.

Por seu lado, a associação Porto de Abrigo, divulgou esta quarta-feira um comunicado em que acusa o Estado português de ter sido “negligente na defesa do interesse nacional” face à alteração do regulamento das águas ocidentais, em Novembro de 2003, que passou a permitir o acesso de outras frotas de pesca à subzona açoriana da Zona Económica Exclusiva.

 

Além do subsecretário regional das Pescas e do Comandante da Zona Marítima dos Açores na época em que ocorreram os factos, foram indicados como testemunhas das associações de pesca a Inspecção Regional das Pescas, vários investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e membros da comunidade piscatória local.

 

A acção judicial contra o Estado português faz parte de um conjunto de acções que têm vindo a ser desenvolvidas pelo sector das pescas, que incluem petições apresentadas na Assembleia da República e no parlamento regional contra a liberalização do regime de acesso à zona económica exclusiva.

 

Os promotores são também contra a consagração da gestão exclusiva dos recursos biológicos da pesca por parte da União Europeia.

 

 

 

Lusa

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