Aterro da Terceira esgota capacidade em dois anos

As bolsas de armazenamento de resíduos no aterro sanitário da ilha Terceira, nos Açores, estão a esgotar a sua capacidade e a alternativa depende de um empréstimo de cinco milhões de euros à empresa intermunicipal TERAMB.

“A construção da oitava bolsa depende da aprovação do projeto e de um financiamento de cerca de cinco milhões de euros”, afirmou José Élio Ventura, presidente da Empresa Municipal de Gestão e Valorização Ambiental da Ilha Terceira (TERAMB).

José Hélio Ventura revelou ainda que a administração da empresa já está em contacto com entidades bancárias para tentar ultrapassar este problema.

As bolsas de armazenamento de resíduos que ainda não estão cheias deverão atingir a sua capacidade máxima “dentro de um a dois anos”, alertou o presidente da TERAMB.

O projeto de reordenamento do aterro prevê a criação de mais uma bolsa, mas inclui também tecnologia de valorização energética e oito ecocentros, o que fez aumentar o seu custo.

Por isso, mesmo com uma comparticipação de 85 por cento de fundos comunitários, a TERAMB necessita de investir cinco milhões de euros.

Artur Lima, vereador do CDS-PP na Câmara de Angra do Heroísmo, contestou a integração da nova bolsa neste projeto, defendendo que, com uma candidatura autónoma, apenas custaria “entre 1 a 1,5 milhões de euros”, sendo que a empresa só teria de pagar 15 por cento.

Esta solução pode, no entanto, não ser viável, já que, segundo José Élio Ventura, as entidades comunitárias têm “cada vez mais reticências” em financiar este tipo de bolsas.

Por outro lado, o presidente da TERAMB salientou que a nova bolsa, “se for necessário”, será utilizada antes da tecnologia de valorização energética começar a funcionar, desvalorizando as críticas de Artur Lima ao facto de a atual candidatura obrigar a que a nova bolsa só possa alojar os resíduos finais do processo de valorização energética.

 

Lusa

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