O Bloco de Esquerda Açores acusa Carlos César de ceder a políticas neo-liberais ao admitir a privatização da EDA, uma empresa que detém o monopólio do sector da energia no arquipélago e que tem, portanto, uma enorme importância estratégica e decisiva para a vida das populações e das empresas açorianas, e considera que a alienação desta posição maioritária da Região na EDA representa um verdadeiro roubo de lesa açorianos e açorianas.
Considerando que as declarações proferidas hoje pelo presidente do Governo Regional têm o intuito de “abrir a porta” à privatização da EDA a curto/médio prazo, o Bloco de Esquerda Açores alerta para os perigos desta operação, já que, tendo em conta as características do arquipélago, o sector energético continuará a ser um monopólio, mas que passará a estar nas mãos de privados, cujo interesse exclusivo será o lucro máximo. Os privados que venham a controlar a EDA terão a “faca e o queijo na mão”, praticando os preços que bem entenderem, sem qualquer tipo de concorrência. Basta ver o que aconteceu com a privatização da EDP, no continente, para perceber que esta intenção do Governo do PS será desastrosa para os Açores.
O BE Açores defende que o que é de todos deve continuar a pertencer a todos. Estas políticas neo-liberais, que agora Carlos César quer “importar” para os Açores, e que têm dado péssimos resultados a nível nacional, são sempre a favor de apenas alguns – os que ficam com um negócio lucrativo e sem qualquer concorrência –, e contra a grande maioria da população.
