BE quer explicações sobre futuro dos centros regionais da RTP

O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um requerimento exigindo explicações sobre o futuro dos centros de produção da RTP e RDP nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores, anunciou hoje o coordenador do BE madeirense.

Em conferência de imprensa junto das instalações da RTP-Madeira, Roberto Almada, que falava sobre o pedido endereçado ao Ministério da Economia e Emprego pelo grupo parlamentar do partido, salientou que o programa do Governo prevê a privatização de um dos canais da RTP, podendo os centros regionais “ter destino diferente do que têm neste momento”. Roberto Almada sublinhou que “aquando do último congresso PSD, Pedro Passos Coelho esteve reunido com Alberto João Jardim e uma das questões em cima da mesa foi o futuro da rádio e da televisão públicas na Madeira”. “Somos contra a privatização porque entendemos que serviço público de rádio e televisão é um instrumento de cidadania e desenvolvimento próprios dos países democráticos que não pode ser alienado”, disse Roberto Almada. Contudo, acrescentou que “numa altura e numa região onde Governo Regional e PSD impõem uma situação de permanente ataque à liberdade de imprensa e direito de informação da população” é necessário garantir que “continuem a prestar o serviço que prestam atualmente, pautado pela isenção, pelo rigor e de cobertura das vária sensibilidades existentes na sociedade madeirense”. O dirigente bloquista criticou ainda o facto de os centros regionais, “sendo instrumentos essenciais para a coesão territorial e desenvolvimento da autonomia regional” terem sido votados nos últimos anos “ao abandono”. “Exigimos saber qual o futuro da rádio e televisão públicas na Madeira. Se se vai manter como serviço público de excelência, com rigor que presta à população madeirense, um serviço que não poderá ser privatizado”, vincou. Roberto Almada sustentou ainda que “o governo regional não deve mandar” no centro de produção da Madeira, senão estes canais “correm o risco de virem a ser um imenso Jornal da Madeira”.

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