PRORURAL e Posei são imprescindíveis ao desenvolvimento da agricultura açoriana

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas destacou a importância dos programas POSEI e PRORURAL para o desenvolvimento e aumento da competitividade da agricultura açoriana.

 

Noé Rodrigues, que falava na sessão de abertura da Feira Agrícola Açores 2011, frisou que estes dois programas são “fundamentais aos investimentos na agricultura e aos rendimentos dos agricultores açorianos”, para além de que a Região revela um nível de execução excelente, “conseguido através do bom desempenho dos serviços e da respectiva gestão e a sua adequação aos interesses dos agricultores e à realidade da nossa agricultura”.

 

Para o governante “numa altura em que se iniciam trabalhos preparatórios de um novo período de programação, os valores de diálogo e de concertação são fundamentais para o sucesso dos objectivos regionais, que se devem basear na avaliação dos instrumentos em vigor, no seu impacto e na sua execução”.

 

Recordou que no caso do PRORURAL, já lhe foram submetidos mais de 1.890 projectos de investimento, totalizando um investimento proposto superior a 300 milhões de euros do qual já foi aprovado um montante superior a 190 milhões de euros, para os cerca de 1.020 projectos de investimento aprovados.

 

No caso do POSEI, só no último ano foram recepcionadas mais de 26.000 candidaturas, dando expressão a uma execução das medidas de apoio à produção animal de cerca de 98% e de 97% às produções vegetais.

 

Referiu as políticas do Governo dos Açores que levaram a que a produção de leite na Região chegasse à quota dos 560 milhões de quilogramas de leite e a produção de carne, onde se perdiam “mais-valias” com o tradicional modo de comercialização, estar agora próxima dos 70.000 animais abatidos com os respectivos prémios pagos por inteiro.

 

Nas áreas da diversificação, triplicaram as áreas de produção, foi reforçada a capacidade de exportação de algumas fileiras, como na floricultura, e conseguiu-se reduzir as importações de alguns produtos, cabendo ainda à horticultura, nomeadamente, o desafio de aproveitar o mercado interno, objectivo que “seguramente será atingido com os investimentos aprovados que se encontram a ser executados”.

 

Apesar das dificuldades existentes à escala global e da instabilidade dos preços de mercado, têm sido mantidos, na agricultura dos Açores, alguns indicadores de estabilidade e de previsibilidade facto que leva Noé Rodrigues a “não entender a introdução de mecanismos administrativos ou o anúncio de políticas que introduzam mais instabilidade e imprevisibilidade dos mercados, como são os casos do desmantelamento do regime de quotas ou da abertura do mercado europeu ao Mercosul”.

 

Por estes motivos, o governante disse ainda não entender os “anúncios dos habituais mensageiros da desgraça que, ao sabor do momento, ora falam de deficientes aproveitamentos de fundos ora falam na redução de verbas comunitárias para o próximo período de programação, quando sabem que nos Açores temos os melhores desempenhos no aproveitamento e na execução dos fundos que nos são destinados e quando já foi anunciado que as dotações para o novo período de programação se deverão manter inalteradas”.

 

Face à complexidade logística assinalável, encontrada para a concretização deste evento no Pico, relacionada não só com a sua descentralização mas também com acessibilidades e condições de base, o governante destacou a determinação da organização, em particular dos funcionários dos Serviços da SRAF, das associações Agrícola e dos Jovens Agricultores, bem como da Câmara Municipal das Lajes do Pico e mostrou-se “orgulhoso” por ver alcançados os objectivos propostos.

 

Na Feira Agrícola Açores 2011 estão representadas quase duas centenas de empresários agrícolas, com cerca de 300 bovinos produtores de carne e de leite, vários caprinos, ovinos e equinos, bem como algumas produções vegetais que, no decorrer da feira serão submetidos a avaliação e concursos variados.

 

Com a sua capacidade mobilizadora, esta feira concentra ainda mais de meia centena de empresários das áreas do comércio e dos serviços com relevante interdependência com o sector primário.

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here