
“Nos Açores, temos uma vantagem competitiva que é a nossa beleza natural, mas temos de apostar mais na qualidade e no enriquecimento da oferta turística”, defendeu o diretor regional, recordando que, “cada vez mais, as pessoas procuram o chamado turismo de natureza e o ecoturismo”.
João Bettencourt falava à Lusa a propósito da atribuição do galardão da Carta Europeia de Turismo Sustentável à Zona de Proteção Especial do Pico da Vara e Ribeira do Guilherme, nos concelhos da Povoação e do Nordeste, em S. Miguel.
Esta zona, denominada ‘Terras do Priolo’, é o único local do mundo onde vive o priolo, uma pequena ave em risco de extinção cujo estatuto de conservação tem vindo a ser melhorado na sequência de intervenções para recuperar o seu habitat natural.
O diretor regional do Ambiente salientou que os turistas, mas também a população local, têm cada vez mais consciência da necessidade de conservar e proteger o meio ambiente, sendo crescente a procura de espaços que permitam um “descanso verde”.
Nesse sentido, considerou que o caráter ultraperiférico dos Açores serve para reforçar a sua característica de “reduto da natureza”, agora confirmado com a atribuição deste galardão pela Federação EUROPARC.
João Bettencourt destacou a importância da candidatura promovida pelo Governo dos Açores para a obtenção desta distinção, mas frisou que ela também resulta da cooperação entre parceiros institucionais e agentes económicos e sociais locais.
“A Carta Europeia de Turismo Sustentável não é apenas um galardão, é principalmente uma análise do território do ponto de vista turístico, ambiental e social, que permite a definição de uma estratégia para o seu desenvolvimento sustentável”, salientou o diretor regional do Ambiente.
A atribuição desta distinção implica, por isso, um “compromisso” por parte das instituições, empresas e população, no sentido de manter e preservar as zonas abrangidas pelo galardão.
João Bettencourt frisou ainda que, além deste galardão, as ‘Terras do Priolo’ foram integradas “num grupo restrito de reconhecido mérito ambiental e turístico na Europa”.
Lusa