Bloco de Esquerda vai propor alterações que garantam transparência e rigor na gestão pública

O Bloco de Esquerda vai apresentar propostas de alteração ao Plano e Orçamento da Região para 2010 que pugnem pela “transparência e pelo rigor na gestão da coisa pública”, garantiu hoje a líder deste Grupo Parlamentar na sua intervenção inicial do debate que decorre na Assembleia Legislativa Regional até ao fim desta semana. 

Perante a constatação de que a crise social é cada vez mais grave nos Açores, com o desemprego a atingir marcas históricas, Zuraida Soares defendeu que “a Economia deve estar ao serviço da comunidade”, e criticou a actuação do Governo Regional, do PS, acusando-o de seguir um “modelo económico neoliberal, cuja preocupação central tem sido a preparação de sectores públicos essenciais e de empresas para as entregar, nas melhores condições possíveis, ao sector privado”, o que “afecta drasticamente os cofres públicos e as populações, sob a capa fictícia de um empreendorismo”. 

Perante este cenário, a deputada do Bloco de Esquerda chamou a atenção para o facto de as consequências da crise só não serem, ainda, piores, na Região, porque cerca de 40% dos trabalhadores dependem directamente do sector público, e 20% indirectamente”. 

As frequentes derrapagens nas obras públicas – que Zuraida Soares considerou ser “uma forma de alienar dinheiro público e fomentar práticas atentatórias da democracia” –, assim como os “gastos em obras faraónicas, descessárias, e de legalidade duvidosa” – sendo a obra de acesso à Fajã do Calhau, um exemplo emblemático – foram também alvo de críticas por parte da deputada. 

A líder do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda criticou ainda a política de habitação social do Governo e a proliferação de empresas públicas desnecessárias, que não são mais do que “um expediente para ‘boys and girls’ dos partidos do poder”. 

A proposta de Plano e Orçamento da Região para 2010, feita pelo Governo socialista, e que está em discussão no Parlamento, não apresenta qualquer sinal de inversão relativamente às políticas que levaram a que os açorianos tenham de enfrentar, actualmente, enormes dificuldades económicas, financeiras e sociais.

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