Bolieiro justifica 2ª unidade de radioterapia na Região com dignidade do doente

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O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, defendeu hoje que, em Saúde, a dignidade das pessoas deve estar acima dos números, na inauguração da unidade de Angra do Heroísmo da Clínica de Radioncologia Madalena Paiva.

O presidente do executivo açoriano, da coligação PSD-CDS-PPM, defendeu que “a responsabilidade do investimento público não é em função da matemática financeira, é sim da oportunidade de dignificar a vivência humana”, sublinhando que para o atual executivo “a saúde é uma prioridade”.

O governante falava no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, onde foi hoje inaugurada a segunda unidade de radioterapia dos Açores, numa parceria com a empresa Joaquim Chaves Saúde, que assegura o mesmo serviço na ilha de São Miguel.

O equipamento de radioterapia, que resultou de um investimento conjunto do Governo Regional e da empresa, com recurso a fundos comunitários, foi instalado no hospital em 2016, mas o anterior Governo Regional (PS) não avançou com a criação da unidade, justificando-o com o rácio de casos e a falta de radioncologistas.

“A realidade dos Açores – é nossa profunda convicção – na sua geografia dispersa, adversa, na difícil mobilidade, na assimetria da demografia de cada uma das nossas ilhas, evidencia diferenças, constrangimentos, dificuldades, mas o entendimento deste governo quanto à dignidade é pela igualdade de tratamento, é pelas oportunidades de servir, em vez da desculpa dos constrangimentos, para que as desculpas não desvalorizem as culpas”, salientou José Manuel Bolieiro.

O governante disse que não foi com “admiração” ou “surpresa” que o executivo açoriano concretizou “o que antes parecia ser difícil e uma impossibilidade”.

Bolieiro destacou, ainda, a “boa e frutuosa parceria entre a oferta pública do serviço e a disponibilidade técnica e profissional de privados”.

O presidente do conselho de administração da empresa Joaquim Chaves, Joaquim José Chaves, lembrou que a empresa “abordou pela primeira vez o Governo da Região Autónoma dos Açores” em 2002, “manifestando o seu interesse em ser uma resposta válida para o tratamento oncológico na região”.

“Depois dessa manifestação de vontade e do desafio lançado, muitas foram as peripécias que tivemos de vencer”, apontou.

A primeira clínica de radioncologia da empresa nos Açores foi inaugurada em 2016, em São Miguel, e desde então foram tratados “aproximadamente 1.900 doentes oncológicos açorianos”.

“Depois de termos sonhado que os doentes oncológicos açorianos com indicação para recorrerem a tratamentos de radioterapia não deveriam ter de sair da sua região e de se afastarem das suas famílias, conseguimos finalmente concretizar o primeiro passo do nosso desígnio”, salientou Joaquim José Chaves.

Quanto à unidade inaugurada, o administrador disse o percurso foi “atribulado, não tanto pelo tempo que demorou a empreitada, mas pela longa discussão das razões que deveriam ou não justificar a abertura da nova unidade na região”.

A nova unidade de radioterapia, que irá tratar preferencialmente doentes de sete ilhas dos Açores (Terceira, São Jorge, Graciosa, Faial, Pico, Flores e Corvo), terá uma equipa permanente de 15 funcionários, incluindo uma médica radio-oncologista contratada pelo hospital.

Lusa

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