Carlos César admite “falta de paciência” com alguns partidos da oposição

carlos-cesar1O presidente do executivo açoriano, Carlos César, encerrou hoje o debate parlamentar das propostas de Plano e Orçamento para 2010 com um discurso de confiança no futuro, onde também admitiu que lhe falta paciência para alguns partidos da oposição.

 

“Não há limites que nos travem no espírito de missão, por menor que seja às vezes a paciência para com certos partidos da oposição”, afirmou Carlos César no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, Faial.

Numa intervenção proferida quarta-feira no parlamento açoriano, Jorge Macedo, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, tinha acusado Carlos César de ser um presidente farto e sem pachorra.

 No seu discurso de hoje, o presidente do executivo açoriano assegurou a ambição do governo regional na tarefa de ultrapassar as dificuldades criadas pela crise internacional

“Interessa-nos a mobilização de energias e de competências dos cidadãos e das empresas, a criação de condições e de ajudas para obviar aos efeitos mais gravosos da diminuição da actividade económica inculcada do exterior, e, nessas tarefas, não só releva a qualidade do desempenho governativo, como é muito importante o contributo da boa oposição”, afirmou.

Nesse sentido, Carlos César frisou que todos estão convocados para as tarefas necessárias à satisfação dessas finalidades, reafirmando a disponibilidade socialista para analisar as propostas de alteração ao Plano e Orçamento apresentadas pela oposição, desde que respeitem o equilíbrio orçamental e a avaliação responsável das despesas.

Numa análise da actual situação, o presidente do governo dos Açores admitiu que vivemos um período especialmente complexo para muitas famílias e muitas empresas, mas assegurou que o executivo está determinado em superar o mais rapidamente possível os bloqueios e as contrariedades actuais, para que os Açores retomem o seu caminho de crescimento económico.

Para Carlos César, a época é já de retoma, atendendo a uma inversão na tendência dos indicadores económicos registada nos últimos meses.

“Nos Açores, conseguimos enfrentar as consequências mais danosas da quebra à escala global e apresentar resultados que, de forma inequívoca, demonstram que os efeitos dessa conjuntura são muito mais pequenos na região do que na maioria das outras economias e sociedades”, afirmou.

Para consolidar esta tendência, frisou que o governo é solicitado para emergentes e crescentes encargos orçamentais, destacando, entre outros, o reforço aos programas de apoio ao emprego, especialmente no sector da construção civil.

 A melhoria das qualificações dos açorianos, o crescimento sustentado da economia, o reforço da coesão social e a gestão eficiente do território são os objectivos estruturantes do governo para 2010.

 

 No seu discurso, Carlos César anunciou ainda vários investimentos, entre os quais o lançamento de uma grande operação de promoção turística dos Açores, orçada em mais de 30 milhões de euros, que decorrerá durante três anos na Europa, nos EUA e Canada.

 A instalação de um Centro Logístico de Distribuição de Pescado, em Lisboa, foi outro dos investimentos anunciados neste discurso que encerrou o debate parlamentar sobre o Plano e Orçamento para 2010.

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