Cavaco de consciência tranquila em relação às autonomias

cavaco-silvaO candidato presidencial Cavaco Silva afirmou hoje que se apresenta aos eleitores de “consciência tranquila e cabeça levantada”, alertando para a importância da escolha do futuro Presidente da República numa época de crise grave.
No discurso que proferiu perante as mais de 600 pessoas que participaram esta noite num jantar-comício em Ponta Delgada, nos Açores, o candidato apoiado por PSD e CDS/PP salientou que o Presidente da República “é a válvula de segurança em caso de crise grave”.

Frisando que a situação do país “exige ao Presidente da República experiência para lidar com situações imprevisíveis e complexas que podem surgir” e traçando um quadro negro da situação social e económica do país – recordando o conhecimento que tem dos problemas -, Cavaco Silva frisou que “existe um caminho, é estreito, mas existe”.

“Que ninguém possa pensar que ficará imune à grave crise se não encontrarmos o rumo certo para inverter a situação”, alertou, salientando que se recandidata porque “nos momentos de grandes desafios não se pode fugir às responsabilidades”.

Nesse sentido, repetiu que, caso seja reeleito, exercerá uma “magistratura ativa para que Portugal encontre um rumo de futuro que abra a janela da esperança”.

Cavaco Silva aproveitou a presença nos Açores – tal como já tinha feito na Madeira – para reafirmar o respeito pelas autonomias regionais, salientando a “coerência” das suas posições sobre esta matéria.

“Não preciso de vir aos Açores para fazer juras de apoio às autonomias regionais. As minhas intervenções estão publicadas e não tenho medo de ser verificada a minha coerência”, afirmou, acrescentando saber que “há muitos políticos que não publicam o que dizem, porque não resistem minimamente a um teste de coerência”.

O candidato presidencial frisou que “alguns políticos tentam jogar no esquecimento das pessoas”, mas salientou que “a velha tática” de deturpar as suas declarações não funciona com ele.

O veto à revisão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores e a mais recente questão em torno da remuneração compensatória decidida pelo executivo regional foram dois exemplos apontados como situações em que houve tentativas de deturpar as suas posições.

“A autonomia regional é um valor nacional e deve ser assumida por todos os portugueses. É fundamental não dividir os portugueses num dos projetos mais frutuosos da nossa democracia”, afirmou.

Cavaco Silva salientou ainda a importância destas eleições presidenciais, por ocorrerem num período de “crise grave”, defendendo que “neste tempo não se pode entrar em aventuras, nem fazer experiências”.

No mesmo sentido, a líder do PSD/Açores, Berta Cabral, considerou que Cavaco Silva “é o porto seguro no meio da tempestade”, frisando que, na atual crise, o Presidente da República “é um referencial de estabilidade e credibilidade”.

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