O presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), Paulo Simões Ferreira, revelou hoje à Lusa que a instituição vai reivindicar “um aumento do preço do litro do leite”, mas escusou-se a especificar o modo e a data.
“O preço do leite na Europa está estabilizado, havendo mesmo países [que não especificou] onde aumentou de preço, por isso não há justificação para que não exista um aumento na região e, neste caso particular, na ilha Terceira”, afirmou.
Paulo Ferreira frisou, no entanto, que “vão decorrer conversas com o governo, nomeadamente com o secretário regional da Agricultura” e, só depois, serão anunciadas as formas de reivindicação desta pretensão.
Relativamente à hipótese de diálogo com a PRONICOL, a única unidade industrial de lacticínios da ilha Terceira, Paulo Ferreira admitiu que, “em matéria de preço do litro de leite não há diálogo”, acrescentando que a empresa se “limita a comunicar aos produtores”.
O presidente da AAIT sustentou que, para além da estabilidade dos preços na Europa, “há um crescimento dos preços dos fatores de produção – adubos e rações – que aumentam sobremaneira os custos [de produção das explorações agro-pecuárias]”.
“O gasóleo também aumentou bastante e, para que as pessoas percebam as contas, digo que o preço de 1000 litros subiu 200 euros num ano”, frisou.
Perante o atual quadro, Paulo Ferreira alertou que, “se não houver uma subida do preço do leite numa altura em que o mercado é favorável, então os produtores vão mesmo sufocar”.
