
“Os três maiores partidos portugueses, PS, PSD e CDS, garantiram ao Presidente da República o seu compromisso inequívoco com uma estratégia de consolidação orçamental e com as metas de redução do défice anunciadas pelo Estado Português (4,6% do PIB em 2011, 3% em 2012 e 2% em 2013), por forma a garantir a trajectória de sustentabilidade da dívida pública”, é referido na resposta de Cavaco Silva citada pela agência Bloomberg.
Na sexta-feira, dois dias depois de o primeiro-ministro ter apresentado a demissão do cargo, o Presidente da República recebeu todos os partidos com assento parlamentar.
No final das audiências, todas as forças partidárias defenderam a realização de eleições antecipadas como a única forma de resolver a crise política aberta com a demissão do primeiro-ministro.
A data mais repetida pelos partidos da oposição foi o dia 05 de junho, defendida pelo PS, BE, PCP e PEV.
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, foi o único a defender a data de 29 de maio.
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, não avançou com qualquer data, mas defendeu igualmente que as eleições devem realizar-se “tão cedo quanto for possível”.
Entretanto, ao final da manhã de hoje, o chefe de Estado irá receber no Palácio de Belém o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Caso opte pela convocação de eleições antecipadas como forma de resolver a crise política desencadeada pela demissão de José Sócrates, Cavaco Silva terá ainda de ouvir o Conselho de Estado antes de dissolver a Assembleia da República.