Diversificação agrícola, aposta nas pescas e no sector do mar, uma rede de transportes de passageiros e carga eficaz e eficiente, um Plano Geotérmico para os Açores completado com maior aposta nas energias renováveis, são algumas das propostas apontadas pelo CDS-PP Açores para fazer face à actual situação de crise económica e social.
As propostas foram apresentadas, no Parlamento Açoriano, pelo Presidente do Grupo Parlamentar, Artur Lima, no âmbito de uma interpelação ao Governo subordinada à temática da situação económica e social na Região.
Os populares reconhecem que “estamos a atravessar uma crise”, mas também reconhecem que “o Governo tem tomado algumas medidas para a combater”, alertando, no entanto, para a necessidade de o executivo ter que “avaliar as suas próprias medidas para ver quais as que estão a resultar e quais as que precisem de alterações”.
Dito isto, o líder parlamentar dos centristas questionou: “Agricultura. Será que perdemos definitivamente a batalha na diversificação?”. É que, segundo Lima, “ainda não temos uma aposta a sério e eficaz”, sendo “preciso apostar nas mais valias e no valor acrescentado de produtos como o leite ou o mel”. Os democratas-cristãos alegam que “é preciso salientar as características únicas dos produtos da agricultura açoriana”, para que “daqui para o futuro se faça uma aposta séria, eficaz e lucrativa neste sector”.
Por outro lado, nas pescas, Artur Lima salientou que “é preciso apostar em capturas de espécies de alto valor comercial e diversificar as actividades relacionadas com o mar”.
A isto terá que se juntar “um bom sistema de transportes aéreos”, lembrando a proposta do CDS de aquisição de um avião cargueiro que tem vindo a ser rejeitada pelo Governo e pelo PS. “Pesca-se quando o mar deixa, não se pesca dependente do horário da SATA. O Governo ainda não percebeu isto. E não é só relativamente às pescas. Esta proposta é também relativa à agricultura. Com um bom sistema de transportes pode-se estimular a agricultura biológica nas ilhas mais pequenas, pois assegura que os produtos destas actividades sejam escoados frescos para o seu destino final”, afirmou. Aliás, reforçou, “esta é uma proposta barata, mais barata do que subsidiar a SATA para transportar ao preço que a SATA transporta os produtos da pesca e da agricultura”.
