Sem justificar a proposta Artur Lima revelou igualmente que a proposta de alteração aos estatutos contempla a “criação de um Gabinete de Apoio aos Eleitos Locais e a alteração da filosofia de funcionamento da Comissão Diretiva Regional”. O Gabinete de Apoio aos Eleitos Locais servirá, esclareceu, “para apoiar o trabalho desenvolvido pelos eleitos nos órgãos autárquicos da Região”. Quanto ao funcionamento da Comissão Diretiva Regional – órgão executivo permanente do Partido – será alterada “na sua composição” para ser “mais ágil e em conformidade com a realidade partidária nacional”. “Em síntese, a par da ´agilização´ dos órgãos executivos do partido nos Açores pretendemos reforçar a componente técnica e política da estrutura regional”, justificou Artur Lima. Num discurso com cerca de uma dúzia de páginas, o líder do CDS/PP-Açores, que se recandidata a um novo mandato, historiou “as vitórias do seu mandato” assentes, principalmente, “em propostas concretas” que permitiram o crescimento eleitoral. “O crescimento a que nos referimos constata-se pelos resultados eleitorais alcançados, desde logo nas Regionais de 2008, onde elegemos deputados por todos os grupos de ilhas e constitui-mos o maior Grupo Parlamentar de sempre da história do partido”, disse. Segundo Artur Lima, o CDS-PP “resistiu a tudo e a todos” para evitar que o espaço político partidário açoriano se reduzisse apenas a dois partidos. “Não me refiro apenas ao PS e PSD, mas também os órgãos de comunicação social, públicos e privados que, não raras vezes, promovem a bipolarização da vida política insular”, sustentou. No VIII Congresso Regional do partido, que decorre até domingo na Vila das Velas, em São Jorge, a liderança vai ser disputada por Artur Lima e Pedro Medina, que apresentam duas moções de estratégia global. Os 105 congressistas debatem ainda nove moções setoriais sobre turismo, educação, ensino, agricultura, assuntos do mar, cuidados paliativos, ambiente, ultraperiferia, e insularidade. A reunião magna regional do CDS/PP açoriano contará também com a presença do líder nacional, Paulo Portas e dos seus antigos presidentes, José António Monjardino, Rui Meireles e Alvarino Pinheiro.
