“Combate à pobreza tem de ser assumido como desígnio regional”, defende Vasco Cordeiro

O Presidente do Governo defendeu hoje que o combate à pobreza e à exclusão social deve ser encarado como um desígnio regional, envolvendo as entidades públicas e privadas na criação das condições que concretizem os objetivos que constam da estratégia definida para esta matéria.

“Não me canso de reforçar este apelo. Este não é apenas um combate das entidades públicas. E, dentro das entidades públicas, não é, sequer, apenas um combate do Governo, seja este ou qualquer outro”, afirmou Vasco Cordeiro.

Falando na sessão de abertura da 73.ª Conferência do Distrito 1960 Rotary, subordinada ao tema ‘Seja a Inspiração no Combate à Pobreza’, que está a decorrer em Ponta Delgada, o Presidente do Governo adiantou que este fenómeno “tem, assim, de ser assumido como um desígnio regional e como algo que nos mobilize a todos, como Povo e como Região”.

Na sua intervenção, Vasco Cordeiro sublinhou ainda que a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social tem a ambição de ir às raízes e aos elementos que podem fazer a diferença, caso da educação, da saúde, da qualificação pessoal e da auto-estima, “aspetos que podem dar sustentabilidade e perenidade às conquistas que se vão alcançando na concretização desta estratégia”.

“Pela natureza das coisas, este não é um processo que permita, sequer, a este Governo chegar ao final do seu mandato e dizer que vencemos o combate contra a pobreza”, afirmou Vasco Cordeiro, ao sublinhar a serenidade na forma como deve ser abordada a concretização desta estratégia, uma vez que a forma como ela vai produzir resultados ao longo do tempo é, também, uma das condições para o seu sucesso.

“Estamos a falar de um tipo de intervenção que exige tempo e serenidade para transformar, verdadeiramente, aquilo que é necessário transformar, no âmbito da luta contra a pobreza”, assegurou.

Segundo disse, pelo seu processo de formação e pela abrangência que se conseguiu, em termos de participação, esta estratégia não é só a estratégia do Governo dos Açores. É, em sentido reforçado, a estratégia de toda a Região Autónoma dos Açores.

Recorde-se que o Governo assumiu, no seu Programa para a Legislatura 2016-2020, a definição e desenvolvimento de uma Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, com especial enfoque nas crianças e nos jovens.

Num processo coordenado por uma equipa de especialistas com experiência regional, nacional e internacional, no primeiro semestre de 2017 foi lançado um amplo processo de auscultação, de análise e diagnóstico, que se concretizou com encontros nas nove ilhas com mais de 400 participantes.

Além disso, foi dada possibilidade de pronúncia ao Poder Local, às associações culturais, profissionais, desportivas, empresariais, sindicais, bandas filarmónicas, IPSS, escolas, unidades de saúde de ilha, representantes da PSP e de serviços públicos locais, assim como de pessoas em situação de pobreza, entre outros.

“Da parte do Governo, no processo de elaboração da Estratégia, todo o Governo esteve envolvido, com especial destaque para as áreas da Educação, da Saúde, da Economia e do Emprego e da Solidariedade Social”, recordou Vasco Cordeiro.

Na sequência deste trabalho, em dezembro de 2017, esta Estratégia foi apresentada e colocada em discussão pública.

A 20 de Junho de 2018, após o período de consulta pública e de ponderação dos contributos recebidos, foi aprovada pelo Governo dos Açores.

“O combate à pobreza e à exclusão social interpela-nos a todos, entidades públicas e privadas, incluindo os nossos concidadãos que se encontram nesta situação, pela responsabilidade e pela ação que sobre os próprios também recai e impende para vencerem este desafio”, preconizou Vasco Cordeiro, para quem “este é um assunto que, não sendo novo, tem assumido em todo o país uma relevância acrescida nos tempos que correm”.

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