A Cofaco nega a existência de despedimentos nas suas 3 fábricas de conservas nos Açores, enquanto a Corretora apenas suspendeu trabalhadoras por “falta de matéria prima”.
A empresa afirma ter “cessado o contrato com 27 trabalhadoras, mas admitiu outras 67, não confirmando também existir salários em atraso nas suas fábricas das ilhas de São Miguel, Faial e Pico, onde efectivou 80 activos.
Quanto à Sociedade Corretora, “a falta de matéria-prima, ou seja de atum, está na base da suspensão de actividade de 77 trabalhadoras que deverão retomar funções no final do mês de Janeiro” .
Quem não se conforma com a situção é o Bloco de Erquerda que ontem entregou ao Parlamento açoriano um requerimento a solicitar a intervenção do Governo.
Para o Bloco de Esquerda, “o sector conserveiro tem penalizado as trabalhadoras, não só pela prática abusiva da actividade sazonal, mas também por não integrar as trabalhadoras nas empresas, ao fim de 3 anos de serviço”.
Os Bloquistas questionam ainda “o papel da Inspecção de Trabalho para prevenir estes casos.
Consideram inadmissível que tenha sido atribuído àquelas empresas 1 milhão de euros pela Região para garantir postos de trabalho efectivos, mas estejam a fazer o contrário”.