Executivo garante crescimento e mais rendimento para os agricultores, oposição nega afirmação e apela a mais eficácia

assembleia1O Secretário Regional da Agricultura e Florestas defendeu hoje, na Horta, que o Plano e Orçamento para 2018 para este setor potencia “mais crescimento e mais rendimento” para os agricultores.

A Agricultura e Florestas representam na proposta de Plano para o próximo ano 170 milhões de euros, cerca de 22,6% do total do investimento público previsto para a Região.

João Ponte considerou que o Plano de Investimentos para 2018 é “credível, ambicioso e atento aos desafios do setor para este novo tempo que se pretende de crescimento sustentável”, mantendo sempre com os parceiros “um absoluto diálogo e transparente troca de ideias”.

Para o titular da pasta, é “fundamental prosseguir o esforço de acrescentar valor ao leite de excelência que os nossos agricultores produzem”, apostando cada vez mais na inovação e na notoriedade para conquistar novos mercados, um desafio que a indústria terá de dar resposta, pois “só assim será possível aumentar o rendimento de toda a fileira do leite”, e revelou na sua intervenção que ao nível do setor da carne, será formalizado, a 4 de dezembro, o Centro de Estratégia Regional para a Carne dos Açores, que juntará as vontades e competências da Região, da Federação Agrícola e da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores com a missão de encontrar e aperfeiçoar mecanismos de promoção, valorização, aconselhamento e análise dos mercados nacionais e internacionais, com vista ao fortalecimento da fileira da carne, que está em crescimento moderado.

A reclamar mais eficácia e compromisso nesta matéria esteve a oposição. António Almeida, deputado do PSD/A alegou “falta de credibilidade, pela ausência de respostas para os desafios do setor e pelo não reconhecimento das novas soluções emergentes para a Agricultura dos Açores, afirmando que ao Executivo, “falta estratégia consistente para a fileira do leite, estranhando o deputado que o Governo “não proponha uma estratégia consistente para fileira que o próprio reconhece estar em tormenta e quando, inclusive, Vasco Cordeiro apelou à indústria para que aumente o preço do leite pago ao produtor.

Também na área agrícola, a deputada do CDS, Catarina Cabeceiras continua a defender a urgente construção de um novo matadouro para a ilha de São Jorge, lembrando que o Matadouro da ilha – o mais antigo dos Açores (iniciou em 1990) “é dos matadouros que mais cresce em produção todos os anos – mas continua a ser desprezado por este Governo, que insiste na política de remendar e apagar fogos do que a investir na dignidade dos produtores possibilitando-lhes uma nova infraestrutura de abate”.

Outra preocupação manifestada pela deputada centrista, que “é o sustento da maioria das famílias” jorgenses, prende-se com a produção de queijo: “O queijo de São Jorge é a joia da coroa da produção, mas o escoamento é uma constante preocupação. Chegamos ao ponto de se anunciar a existência de um novo produto, com cura de 24 meses… Pois claro, se o queijo não é vendido, continua a curar nos armazéns das cooperativas”, disse, exigindo do Executivo uma resposta clara sobre qual é a estratégia adotada, desejando também saber, se está assegurada a continuidade do apoio para a armazenagem do queijo de São Jorge, no âmbito do POSEI.

“Continuam a pedir aos produtores do melhor leite da Europa que reduzam a produção, mas nada fazem para assegurar que os nossos agricultores mantenham um rendimento necessário e digno, assegurando a sustentabilidade das suas empresas. Que trabalho foi feito nesse sentido?”, questiona Catarina Cabeceiras, que perante “tantas falhas e tantas perguntas sem resposta” apelou à “verdade”. “Nós, os Jorgenses, já só queremos a verdade, mesmo que esta não seja a versão da história de que estamos à espera. Façam favor de não nos enganarem mais”, concluiu.

 

 

Açores 24Horas /

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