Formação no âmbito do Terceira Tech Island triplica para dar resposta à procura de centenas de programadores

Um ano após o início da implementação do projeto Terceira Tech Island (TTI), “os resultados superam, em muito, as melhores expetativas”, pelo que importa agora reforçar a formação para satisfazer a necessidade de centenas de novos programadores por parte das empresas que já se instalaram ou que o pretendem fazer no ‘hub’ tecnológico da Praia da Vitória, afirmou hoje, o Vice-Presidente do Governo em Angra do Heroísmo.

“Os resultados da implementação do TTI superaram já, em muito, as melhores expetativas e o seu sucesso e crescimento têm-se verificado a um ritmo muito mais rápido do que o previsto inicialmente”, frisou Sérgio Ávila, que falava numa conferência de imprensa de balanço deste projeto, que, segundo frisou, é já considerado como “exemplo de uma estratégia de desenvolvimento sustentado por diversas instituições nacionais e internacionais”.

O titular das pastas do Emprego e da Competitividade Empresarial salientou que, face a esta realidade e à estimativa de criação de mais de 400 postos de trabalho até ao final do próximo ano, “compensando assim, na totalidade, a redução de emprego direto da Base das Lajes” devido à redução da presença militar dos EUA, colocam-se novos desafios.

“O grande desafio para a consolidação do Terceira Tech Island é a necessidade de reforçar e aumentar o ritmo de formação de programadores para corresponder às necessidades e procura crescente das empresas e, nesse sentido, vamos triplicar este ano o plano de formação, assegurando a entrada no mercado de trabalho de mais 160 programadores”, anunciou Sérgio Ávila, acrescentando que o quarto curso de formação em Programação Java e Java Scrip terá início segunda-feira, 28 de janeiro, e que já estão abertas as inscrições para os próximos dois cursos de formação em Programação, para mais 126 formandos.

“Atraímos e captamos empresas que pretendem criar, até ao final do próximo ano, mais de 400 novos empregos, estáveis, qualificados e muito bem remunerados, agora falta apenas conseguir mobilizar os Açorianos para aproveitarem esta oportunidade de emprego e formação, aceitando o desafio de ingressar numa nova área de formação e assegurar, assim, um novo desafio profissional, uma nova carreira com muito futuro”, sublinhou.

O Vice-Presidente salientou que a “formação intensiva inicial de quatro meses é gratuita, sendo disponibilizado alojamento para quem se deslocar de outra ilha, podendo inscrever-se todos os que tenham alguns conhecimentos básicos de programação e muita vontade de aprender e de agarrar esta oportunidade e uma nova carreira profissional, independentemente do seu nível ou área de formação ou qualificação académica”.

O projeto Terceira Tech Island consiste na criação de um ‘hub’ tecnológico na Praia da Vitoria, na área da programação e produção de software, para prestação de serviços, criado pela identificação da existência de necessidades do mercado global no âmbito das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e da oportunidade de instalar novas atividades económicas que substituíssem as derivadas da Base das Lajes.

“Identificada esta oportunidade no mercado mundial, importava criar as condições para que os Açores e a ilha Terceira se tornassem competitivos para atrair empresas que desenvolvessem este ‘hub’ tecnológico”, salientou Sérgio Ávila, destacando os três pilares em que assenta o projeto.

Em primeiro lugar, elencou, a “disponibilização de recursos humanos locais com formação especifica em competências digitais para fazer face às exigências do mercado mundial na área das TIC, tendo para o efeito sido criado um Programa de Formação Intensivo, reconhecido e certificado pelas empresas internacionais na área da programação”.

“Promover e disponibilizar os programas de apoio ao emprego, os sistemas de incentivo ao investimento e o diferencial fiscal existente nos Açores para as empresas que se instalem no Terceira Tech Island”, foi o segundo pilar salientado por Sérgio Ávila.

O terceiro é a disponibilização, “desde a sua instalação, das infraestruturas necessárias à fixação das empresas e de habitação para os recursos humanos da empresa que fixem residência na Terceira”, destacou o governante.

Relativamente às oito empresas nacionais e internacionais que se instalaram na ilha, Sérgio Ávila revelou que já criaram 67 empregos diretos, permitiram a fixação de mais 104 pessoas no centro da cidade da Praia da Vitória e estão já “a programar e a produzir e apoiar software da Terceira para inúmeros países da Europa, Africa e América”.

O titular da pasta da Competitividade Empresarial revelou ainda que, além destas oito empresas, “foram constituídas mais quatro, que aguardam apenas o fim do próximo programa de formação para iniciarem a sua atividade e contratarem os programadores”, acrescentando ainda que “mais cinco empresas internacionais demonstraram já a intenção firme de se instalarem no TTI, aguardando também a disponibilização de mais programadores.”

“A oferta de emprego e a procura das empresas atualmente excede, em muito, a capacidade de formação instalada, o que implica a necessidade de aumentar de imediato os cursos de formação para corresponder à procura por parte das empresas”, reafirmou Sérgio Ávila, desafiando os Açorianos a aproveitarem a esta oportunidade e a “vencer este desafio”.

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