Viola da Terra certificada como produto da marca ‘Artesanato dos Açores’

A Viola da Terra está oficialmente certificada pela marca ‘Artesanato dos Açores’, que já conta com 21 produtos certificados e mais de 90 unidades produtivas artesanais (UPA) com o selo de certificação.

Uma portaria hoje publicada em Jornal Oficial reconhece como produto artesanal na área do trabalho em madeira, mais especificamente, no fabrico de instrumentos musicais de corda, a Viola da Terra, também conhecida por ‘viola de arame’, ‘viola de dois corações’ ou ‘viola de 12 cordas’, como integrante da marca coletiva de origem ‘Artesanato dos Açores’.

A ‘viola de 12 cordas’, ao chegar aos Açores, no século XV, assumiu caraterísticas comuns em todas as ilhas, mantendo os seus traços primitivos, mas foi adquirindo afinações e particularidades diferenciadas.

Assim, transforma-se no mais típico instrumento musical do arquipélago dos Açores, desempenhando ao longo dos tempos um papel importante nos cantares festivos, balhos, derriços, desgarradas, desafios e despiques e, por isso, adquire grande importância social e cultural na vida dos Açorianos.

A Viola da Terra é um instrumento construído nos moldes clássicos das técnicas tradicionais, totalmente artesanais, sendo que os violeiros açorianos se tornaram artistas exímios na combinação de madeiras locais e exóticas, constituindo assim um produto emblemático do artesanato local.

Com mais esta certificação, agora oficializada, o Governo Regional reforça a medida de criação da marca ‘Açores’, a qual prevê uma abrangência mais global, incluindo, para além do artesanato, produtos ligados à produção agrícola, à indústria transformadora e ao turismo, reconhecendo a qualidade e a excelência dos produtos regionais.

A marca coletiva de origem ‘Artesanato dos Açores’, criada em 1998, pretende, com a valorização dos produtos que integra, uma mais eficaz distinção, divulgação e comercialização, sobretudo no mercado externo.

A projeção da marca ‘Artesanato dos Açores’ assenta também na responsabilização dos artesãos, enquanto principais interessados na distinção do seu produto no mercado, com a obtenção de um selo junto do Centro Regional de Apoio ao Artesanato (CRAA).

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