Governo açoriano apela a reflexão sobre papel das autarquias na resposta a catástrofe​s

O secretário regional da Saúde dos Açores apelou hoje a que, neste período que antecede as autárquicas, seja discutido o papel dos municípios “na construção da proteção civil”, alegando que as câmaras são “peça fundamental” em situações de catástrofe.
“Gostaria de lançar um apelo às autarquias, tendo em conta também este período que atravessamos, de preparação autárquica, para que principalmente os candidatos e todos os envolvidos nesta vertente autárquica, possam discutir e debater estas ideias relativamente ao papel das autarquias na construção da proteção civil e na preparação municipal para a proteção civil”, afirmou Luís Cabral.
O secretário regional da Saúde falava em Ponta Delgada, São Miguel, na abertura das “Jornadas atlânticas – catástrofes e assistência a multivítimas”, promovidas pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores até sábado.
O governante, que tem a tutela da Proteção Civil nos Açores, sublinhou que em caso de catástrofes naturais “a primeira resposta é sempre a municipal”, já que as autarquias são o primeiro “elo de ligação na assistência”, pelo que é necessário que também trabalhem com a Proteção Civil para haver melhores resultados.
Tendo em conta o período de “grande debate e discussão”, a poucos meses de eleições autárquicas, acrescentou, em declarações à Lusa, que se deve “refletir, de uma forma mais intensa sobre esta temática, para que as câmaras percebam claramente qual o seu papel e de que forma devem estar preparadas para responder de uma forma correta a estas situações”.
À margem das jornadas, Luís Cabral considerou que através da “coordenação municipal do Serviço Regional de Proteção Civil”  consegue-se “mobilizar meios de umas ilhas para as outras”, assegurando que o executivo açoriano está “preparado para garantir uma resposta eficaz” em situações de catástrofe.
Apesar disso, considerou que “é sempre necessário desenvolver um trabalho diário e uma preparação constante” nesta área em “espírito de cooperação”, lembrando que o Serviço Regional de Proteção Civil tem feito “um enorme esforço em garantir esta cultura de proteção civil, que é bem notória na população”.
Já o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, José Dias, considerou que os Açores “estão preparados” para fazer face a eventos naturais que acontecem com frequência na região, embora seja uma área em constante preparação.
“Cabe ao Serviço Regional de Proteção Civil fazer um investimento em formação, aquisição de materiais e preparação de recursos humanos para fazer cada vez, e ainda melhor, face aos nossos problemas”, disse à Lusa.
o responsável adiantou ainda que há autarquias que estão a fazer a revisão dos seus planos de emergência municipal, atualizações que “são obrigatórias de dois em dois anos”.
Na abertura das jornadas, Luis Cabral voltou a abordar a questão da proposta de reestruturação do Serviço Regional da Saúde, em discussão pública, para apelar ao contributo de todos.
“Isto tem de ser feito de forma concertada e não pode haver desinformação. Temos infelizmente verificado que muitas das informações que têm sido geradas a nível da comunicação social, muitas vezes, se prendem com aspetos políticos que em nada interessem àquilo que é o interesse da saúde na região”, disse.

 

Lusa

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