Depois de uma visita ao Mercado da Graça, em Ponta Delgada, incluída na campanha “À mesa com a produção portuguesa”, o dirigente de Os Verdes Joaquim Correia sublinhou que na Região o “grande problema é que os jovens não encontram terra para trabalhar e os que a encontram não têm ajudas”. “As câmaras municipais têm terrenos em que fazem parques industriais, porque é que também não têm terrenos para criar parques agrícolas?”, questionou, ao alertar para a necessidade de se “olhar a pequena agricultura e a agricultura familiar como uma atividade que pode render muito a Portugal”. Em declarações à agência Lusa, Joaquim Correia alertou igualmente para as consequências negativas do pagamento tardio das ajudas disponibilizadas ao setor, alegando que muitos dos que têm direito a subsídios quando os recebem “já estão falidos”. Melhores ajudas do Estado em matéria de energia e fertilizantes e o estabelecimento de uma quota de incorporação de 60 por cento de produtos locais e regionais nas refeições servidas em cantinas públicas foram outras das ideias que defendeu durante uma visita a um mercado agrícola especialmente concorrido ao sábado de manhã. Para garantir o escoamento da produção nacional, o dirigente do partido ecologista ‘Os Verdes’ defendeu também a imposição às grandes superfícies comerciais de uma quota de presença nas suas prateleiras de 30 por cento de produtos locais e regionais. Ao insistir importância de se retomar a pequena agricultura e a agricultura familiar, Joaquim Correia realçou que “Portugal importa 70 por cento dos alimentos que consome, o que representa uma perda de soberania”.
Lusa
