
Esta greve foi convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) para forçar a SATA a proceder à reformulação das carreiras no sector.
Em causa, segundo o sindicato, estão 45 trabalhadores que operam principalmente nos aeroportos das Lajes (Terceira) e Ponta Delgada (S. Miguel) e que viram aumentadas nos últimos anos as suas competências profissionais, sem contrapartidas nas respectivas carreiras.
Para “tentar minimizar” os efeitos da greve, a SATA procedeu a uma reorganização do serviço, mas um porta-voz da empresa admitiu à Lusa que a paralisação deverá ter consequências na operação aérea.
No mesmo sentido, o presidente do SITEMA, Óscar Antunes, admitiu que a paralisação poderá implicar atrasos nos voos da SATA, que tem o monopólio das ligações entre as ilhas açorianas e partilha com a TAP os voos entre o arquipélago e o continente.
Óscar Antunes salientou que o processo negocial para a revisão das carreiras tem vindo a “arrastar-se” desde 2002, encontrando-se actualmente numa “situação de impasse”.
O presidente do SITEMA admitiu, porém, a possibilidade de um entendimento na reunião de conciliação agendada para quinta-feira em Ponta Delgada, com mediação do governo açoriano.