Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres classificada como tesouro regional

Santo CristoA Assembleia Legislativa Regional dos Açores aprovou esta quarta-feira uma proposta dos grupos parlamentares do PSD e do CDS/PP, e das representações parlamentares do Bloco de Esquerda, do PCP e do PPM, de classificação, como “tesouro regional”, da imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, do Convento da Esperança, e dos seus Cinco Bens – resplendor, coroa, relicário, cetro e corda.
 
A proposta foi defendida pelo deputado social-democrata Joaquim Machado, que destacou “o inequívoco valor regional de um culto secular, um dos mais antigos e enraizados na alma das nossas gentes, que é prestado ao Senhor Santo Cristo dos Milagres”, referiu.
 
“Onde houver um micaelense, diria até, onde houver um açoriano, há, incontornavelmente, uma expressão dessa devoção secular, segundo a tradição, iniciada por Madre Teresa da Anunciada”, considerou o parlamentar.
 
“No domingo anterior à quinta-feira da Ascensão, a veneranda imagem percorre as ruas de Ponta Delgada, no percurso que outrora a fazia visitar todos os mosteiros e conventos da cidade”, acrescenta, recordando que, “ano após ano, milhares de peregrinos se juntam nas imediações do convento da Esperança, à volta do Campo de São Francisco, o epicentro da festa, todos ele motivados por razões de fé”.
 
Joaquim Machado recordou que um dos momentos mais altos da espiritualidade que envolve aquele culto centenário “aconteceu em maio de 1991, quando o Papa João Paulo II, de visita aos Açores, rezou junto à imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres”.
 
Segundo o deputado, o culto do Senhor Santo Cristo está associado à sua imagem, que permanece há séculos no coro baixo do Santuário de Nossa Senhora da Esperança. E à qual a grande devoção do povo micaelense juntou um cetro, uma coroa, um medalhão-relicário, uma corda em ouro e um sumptuoso resplendor. O tesouro do Senhor Santo Cristo é de incalculável valor e um dos mais belos da joalharia devocional do país e até da Península Ibérica”.
 
A distinção hoje aprovada evoca ainda “o incalculável valor simbólico derivado da profunda relação afetiva dos micaelenses com todo aquele conjunto religioso, que muito veneram, sendo impossível conceber a iconografia do Ecce Homo desprovida de qualquer dos seus bens conexos”, concluiu Joaquim Machado.

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