Movimento “Queremos a Calheta de volta” pede investigaç​ão de obras ao Tribunal de Contas

O movimento “Queremos a Calheta de volta”, de Ponta Delgada, entrega hoje no Tribunal de Contas um pedido de auditoria para “a fiscalização da legalidade de todo o processo” relacionado com as construções inacabadas na Calheta de Pêro de Teive.
A decisão foi anunciada hoje aos jornalistas pelo porta-voz do grupo, Manuel Moniz, que frisou que “o Tribunal de Contas é uma entidade muito importante na verificação da legalidade de todo o investimento público” e alegou que “existem muitos milhões de euros de fundos públicos que foram colocados” na zona e que “não estão legais”.
Manuel Moniz disse ser “mais que hora e tempo de acabar com a vergonha que está montada” na zona da Calheta, na cidade de Ponta Delgada, onde estão paradas as obras de um casino, um hotel e um centro comercial.
“Viemos de novo à zona da Calheta para lembrar que vamos avançar para a segunda fase do processo do movimento”, salientou Manuel Moniz, numa conferência de imprensa, no local onde estão as obras inacabadas das três infraestruturas.
Manuel Moniz lembrou que o movimento lançou uma petição e esteve reunido com o presidente do governo açoriano, mas afirmou que o executivo “nada fez em relação ao assunto”, quando devia “avançar rapidamente com este processo”.
“Acho inimaginável que o governo não conheça os contornos deste processo. É inimaginável que o governo não saiba quanto dinheiro tem aqui metido, é inimaginável que o governo não tenha uma ideia de alternativas e soluções para isto”, afirmou, reiterando a necessidade de o executivo açoriano “simplesmente tomar a posse administrativa dos terrenos que lhe pertencem”.
O movimento alegou que esperou “tranquilamente cerca de um mês” para “perceber as ‘démarches’ que o governo iria fazer no sentido de dar cumprimento a um desejo que é óbvio e consensual por parte da população”.
Manuel Moniz considerou que “está na altura de lembrar a todos que este pedido legítimo da população mantém-se com a mesma força” inicial ao justificar o pedido na secção de Ponta Delgada do Tribunal de Contas para que a entidade faça “uma auditoria a tudo o que está aqui montado, uma vez que existem aqui muitos milhões de euros de fundos públicos que foram colocados e que não estão legais”.
“Pensamos que será um passo importante neste projeto”, salientou, voltando a alertar para a atual situação de degradação da zona, que, no deu entender, deve ser transformada numa espécie de “varandas do mar” que permita retomar o projeto inicial de espaço de lazer para a população.

 

Lusa

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