Município de Ponta Delgada apresenta requalificação do Campo de São Francisco

O Município de Ponta Delgada apresentou esta segunda-feira, em sessão pública, o projeto de requalificação do Campo de São Francisco, espaço emblemático da cidade.

O seu enquadramento religioso, por ser onde se realizam as celebrações do Senhor Santo Cristo, confere ao espaço uma particular atenção por parte de várias individualidades, entidades e cidadãos em geral, sendo que esta intervenção está longe de ser consensual, por serem várias as abordagens a ter em conta, quer sejam de foro ambiental, social, económico entre outras.

As alterações sugeridas não pretendem, de acordo com o arquiteto Pardal, responsável pelo projeto, uma revolução profunda no Campo, conferindo-lhe pelo contrário uma ideologia de visão mais ampla sobre o espaço já existente, reformulando as infraestruturas, como é o caso do coreto, cujo “espelho de água” envolvente desaparece, assim como a extensão atual do palco, sendo substituída por uma plataforma hidráulica que permite a ampliação do mesmo sempre que necessário.

A cota atual do pavimento será modificada, desaparecendo o muro atual, facilitando e aumentando o espaço do acesso, anulando a separação entre a rua e o interior do Campo. Está igualmente prevista a colocação de uma faixa circundante em todo o Campo, em pedra de olivina amaciada, assegurando, segundo o arquiteto responsável, maior dignidade aos fiéis em pagamento de promessas.

O projeto assegura para já a manutenção da maioria dos lugares de estacionamento atuais, prevê o “abate” de algumas árvores existentes, que na opinião do Presidente da Câmara podem ser recolocadas em outros espaços, e prevê a introdução de mobiliário urbano mais adequado. Outra das preocupações apresentadas é a iluminação, que deverá ser intensificada.

Esta reestruturação tem igualmente a intenção de libertar o Campo de São Francisco do atual selo negativo, que ao longo dos últimos anos lhe foi sendo atribuído, por conta de uma “população marginal” que gravita em torno deste espaço, devolvendo-o a toda a cidade.

Por este ser um assunto que divide a opinião publica, o projeto apresentado não é, segundo o Presidente da Câmara, definitivo, ficando nos próximos 30 dias disponivel, para que a população interessada possa comentar ou sugerir, sendo passível de serem incluídas alterações que não fujam das “balizas” apresentadas por José Manuel Bolieiro. Assim ressalva o fato de a obra estar estimada para 300 dias, e que só terá início em Junho do corrente ano, ou seja, depois das festividades do Senhor Santo Cristo, devendo estar concluída antes das mesmas em 2014, não colocando assim em causa a sua realização, no âmbito desta intervenção. Esta é mesmo a preocupação máxima do Presidente da Câmara, que a coloca como um condicionante para as possíveis propostas de alteração ao projeto que possam surgir no processo da discussão pública.

A outra “baliza” citada por Bolieiro, é o valor da obra, cerca de um milhão de euros, e cujo limite servirá também de teto para o acolhimento de alguma retificação a ser feita ao projeto agora apresentado.

Por via desta intervenção o Presidente da Câmara adianta que este ano a realização das “Noites de Verão”, será reconduzida para outra extensão da cidade, tendo em conta também o envolvimento de outros agentes económicos, nomeadamente bares e restaurantes do centro histórico de Ponta Delgada.

 

SM

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