Número de ilhas não é argumento para discriminação positiva

jardimO presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, respondeu hoje que o argumento defendido pelo seu homólogo Carlos César, de que os Açores deveriam ser descriminados positivamente por terem um maior número de ilhas, “não conta”.

 

 

“Nisto não conta o número de ilhas, conta a população, e a Madeira tem mais população do que os Açores”, sustentou o líder regional, à margem da inauguração da Expo Porto Santo, reagindo a declarações de Carlos César que defende uma “discriminação positiva” das ilhas açorianas por estas serem nove, enquanto a Madeira é composta por duas.

 

 

Jardim enumerou ainda outros argumentos que considera importantes para descriminar positiva ou negativamente as regiões autónomas, tendo em conta a Lei de Finanças Regionais em vigor.

 

“A densidade populacional dos Açores é de 110 habitantes por quilómetro quadrado, a da Madeira é de 330”, realçando ainda que “os Açores têm uma urografia bastante plana” fazendo com que o investimento, sobretudo o público, seja muito mais barato nas vizinhas ilhas.

 

Argumentou também que a Madeira tem de importar do exterior mais de 80 por cento daquilo que consome, enquanto que os Açores têm “um sector primário com agricultura, pescas e pecuária” com o qual pouco têm de importar.

 

“Se é para brincar aos argumentos, então, eu também exijo uma discriminação positiva em relação aos Açores”, concluiu.

 

Jardim considerou estranho o interesse dos Açores com aquilo que se passa na Madeira, pois diz que “não liga meia” ao que se passa com os Açores.

 

“Eu só quero o que o Estado português se tinha comprometido com o povo madeirense, depois disso podem dar até o resto do dinheiro à Alfandega da Fé que eu não tenho nada a ver com isso”, concluiu.

 

 

 

Lusa

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