Plano e Orçamento 2015 | Saúde “anima” debate parlamentar

assembleiaUma vez mais o tema da Saúde na Região “anima” um debate parlamentar, quando está em discussão o Plano e Orçamento para 2015.

Com Luís Cabral a afirmar que “ após dois anos de efetivas mudanças, assiste-se a uma melhor organização e gestão dos serviços, e é possível, neste momento dar conta do que já foi feito e anunciar novas soluções que nos vão permitir oferecer um Serviço Regional de Saúde moderno, transparente e de maior qualidade para todos”, a apresentação dos dados e números no que diz respeito a listas de espera nos hospitais da região, médicos de família, taxas moderadoras, deslocação de especialistas a ilhas sem hospital, e deslocação de doentes para fora do local de residência, colocaram bancadas em desacordo.

 

Contrapondo com o anúncio de redução de listas de espera para consultas e cirurgias, Artur Lima não tem dúvidas que os socialistas “deviam ter vergonha” e que o Secretário da Saúde devia “pedir desculpa aos Açorianos porque são eles os prejudicados com as suas medidas, são eles que estão em casa a sofrer””, disse o líder do CDS-PP, afirmando que “as listas de espera cirúrgicas superiores a 18 meses aumentaram”.

No debate parlamentar sobre o Plano e Orçamento para 2015 na área da Saúde, Artur Lima apontou o grande paradigma da governação socialista: “a grande marca política do atual Secretário Regional da Saúde foi transformar os utentes em clientes; os Açorianos hoje querem saúde, pagam-na; quem não tem dinheiro não se trata. Esta é a grande marca da sua política”.

 

Criticas também por parte do PSD/A, com Luís Maurício a afirmar que atualmente “milhares de açorianos esperam três ou quatro anos por uma intervenção cirúrgica” e que “a estratégia do governo regional tem sido desenvolver medidas destinadas a disfarçar essa realidade e não a resolver os problemas das pessoas”.

Para os sociais-democratas açorianos, “é necessário concretizar uma estratégia de racionalização dos recursos existentes na região para responder às listas de espera, e não ficar à espera, como faz o governo regional, que se registe uma migração planetária de médicos que não existem em lado nenhum”.

O deputado social-democrata açoriano criticou ainda a decisão do governo regional “de proceder a um corte nos reembolsos, dificultando o acesso à Saúde aos açorianos”.

 

Já Paulo Estevão não poupa palavras para demostrar o seu desagrado e afirma que “ a gestão do Serviço Regional de Saúde “é um desastre”, resultado de “falta de eficácia” das políticas em vigor, acusando Luís Cabral de resultados negativos em relação às listas de espera e à contratação de profissionais de Saúde, “as suas politicas não funcionam e fomentam situações de injustiça permanente”, acusa o deputado do PPM.

 

Por outro lado o Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS considera que as medidas anunciadas pelo Governo dos Açores para as listas de espera “estão a dar resultados”, destacando o “novo sistema informático de gestão das cirurgias e das listas de espera” e o “investimento no novo bloco operatório de pequenas cirurgias do Hospital de Ponta Delgada, que terá um grande efeito na redução destas listas de espera”, defendeu José San-Bento, para quem “este não é, como a oposição tem tentado fazer passar, um Plano de austeridade para a saúde nos Açores. Isso é mentira. O Governo dos Açores está, em simultâneo, a reforçar financeiramente as transferências para o Serviço Regional de Saúde e a promover o aumento da sua produtividade”, disse.

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