PPM contesta encerramento das Finanças no Corvo

O PPM/Açores denunciou hoje a intenção do governo português de encerrar no próximo ano a única repartição de Finanças do Corvo, deixando os cerca de 400 habitantes da mais pequena ilha do arquipélago sem este serviço.

Paulo Estevão, deputado regional do PPM eleito pelo Corvo, considerou “inaceitável” esta medida, que obrigará os corvinos a deslocar-se à vizinha ilha das Flores, situada a 15 milhas náuticas de distância.

“O canal Flores/Corvo não tem nada a ver com as ligações entre as duas margens do rio Tejo”, afirmou Paulo Estevão, numa conferência de imprensa na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, recordando que, durante o inverno, a pequena ilha chega a estar dois meses “sem uma única ligação marítima” devido às más condições climatéricas.

As preocupações de Paulo Estevão, que é líder nacional e regional do PPM, resultam dos dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, que, depois de uma reunião com os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais e da Administração Pública, deu conta de que o governo pretende encerrar 140 serviços de finanças em todos o país, nove dos quais nos Açores.

Para Paulo Estevão, é “um erro e uma injustiça” deixar uma ilha sem repartição de Finanças pelo que vai apresentar na Assembleia Legislativa dos Açores um projeto a solicitar a anulação desta medida, além de pedir audiências ao Presidente da República e ao ministro das Finanças.

O líder do PPM/Açores acusou o Estado de “abandonar as suas obrigações nos Açores”, recordando que, além desta redução dos serviços de Finanças, o governo nacional está também a diminuir aos poucos outros serviços na região, como a RTP, a PSP, os tribunais, a Marinha e o Exército.

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