Presidente Câmara de Angra do Heroísmo recua

angraA presidente da Câmara de Angra do Heroísmo retirou da votação, na primeira reunião do executivo municipal, os nomes que tinha proposto para a presidência dos serviços municipalizados e da empresa Culturangra face à contestação da oposição.
A primeira reunião do novo executivo municipal de Angra do Heroísmo, realizada segunda-feira ao final do dia, ameaçava abrir um conflito devido à oposição do PSD e do CDS/PP, que possuem quatro dos sete vereadores, relativamente aos nomes inicialmente propostos pela presidente socialista, Andreia Cardoso.

No final da reunião, António Ventura (PSD) e Artur Lima (CDS/PP) afirmaram à Lusa que Andreia Cardoso “aceitou apresentar novas propostas, que reflictam de facto os resultados eleitorais”.

Estas novas propostas deverão ser apresentadas na próxima reunião do executivo municipal, que poderá ser realizada ainda nesta semana, segundo os dois vereadores da oposição.

Nas autárquicas de 11 de Outubro, o PS ganhou em Angra do Heroísmo com maioria relativa, elegendo três vereadores, tendo o PSD eleito também três vereadores, enquanto o CDS/PP elegeu um.

No discurso da tomada de posse, Andreia Cardoso tinha anunciado a intenção de nomear para presidente dos serviços municipalizados Francisco Cota Rodrigues, professor universitário e especialista em águas.

A autarca socialista pretendia assumir a presidência da Culturangra e nomear uma ex-vereadora para vogal.

Os dois partidos da oposição manifestaram-se contra estas nomeações, defendendo que, na sequência dos resultados eleitorais, também pretendiam ter elementos seus nos conselhos de administração das duas empresas.

Os dois partidos defenderam a necessidade de colocar “pessoas nos conselhos de administração [das duas empresas], independentemente de serem presidentes ou não, mas que possam ter intervenção e não fazer apenas figura de corpo presente”.

Nesse sentido, Artur Lima, que é também presidente do PP/Açores, defendeu a necessidade de “entendimentos sérios e competentes e não [soluções] para dar emprego a comissários políticos”.

Caso venha a ser impossível o consenso, social-democratas e populares poderão formar uma maioria no executivo municipal.

Lusa

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