Presidente das Casas Açorianas contra “degradação” do preço do turismo

O presidente da associação de turismo rural Casas Açorianas, Gilberto Vieira, defendeu esta terça-feira que não se deve “degradar o preço” do turismo nos Açores, apesar da conjuntura económica desfavorável, porque depois haverá “grandes dificuldades em recuperar”.
 

Gilberto Vieira, que falava aos jornalistas na sequência de uma audiência, em Ponta Delgada, com o presidente de Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou que a imagem de marca do turismo na região é a qualidade e a diferenciação.

“Temos vindo a desenvolver uma preocupação de vender os Açores como imagem de marca de qualidade, de notoriedade, marcada pela diferença. Não estamos preocupados em vender alojamento, mas sobretudo experiências”, destacou.

Para Gilberto Vieira, torna-se imperioso trabalhar para a “preservação” da cultura, hábitos e costumes açorianos, visando que os Açores sejam procurados “cada vez mais” por clientes que “tragam mais-valias” à região e “respeitem” este tipo de produto “cada vez mais desejado” pelo mundo.

O dirigente do turismo rural açoriano destacou que o mercado nacional, o principal mercado emissor, falhou “de forma estrondosa”, tendo, no entanto, em alternativa, o mercado internacional reagido “bastante bem”, sem que haja, contudo, garantias se será um número suficiente para ultrapassar a quebra nacional.

Gilberto Vieira revelou que as ilhas onde o turismo rural tem taxas “animadoras” e “extremamente interessantes” são Flores e Pico, estando as pessoas a “obrigarem” os operadores de turismo a incluir nas suas ofertas “opções diferenciadas” como o turismo rural e de natureza da região.

“Temos tido a grande preocupação de organizar bem a oferta, de forma fácil de vender. Neste momento, as Casas Açorianas já deram um grande passo nesse aspeto. Por isso, os resultados têm sido ligeiramente melhores do que talvez na hotelaria convencional”, declarou Gilberto Vieira.

O presidente das Casas Açorianas afirmou que o turismo rural dos Açores procura clientes de classe média/alta com “elevado poder de compra” e que já tiveram “más experiências” no passado, “procurando agora” algo “diferente” e “genuíno”.

Gilberto Vieira defendeu que a procura dos Açores deve aumentar pela via do turismo rural, através do surgimento de mais unidades, reequacionando-se, se necessário, a hotelaria convencional.

O portal das Casas Açorianas atingiu em 2012 os 100 mil visitantes e entre janeiro e fevereiro teve 25 mil visitas, o que revela que o turismo rural dos Açores começa a ser “extremamente procurado”, disse.

 

Lusa

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