PSD defende “legítimas aspirações” da população do Nordeste

A presidente do PSD/Açores defendeu as “legítimas aspirações” da população do Nordeste por acessos à via rápida da costa norte de S. Miguel, minimizando a ausência de contestação pública na visita do presidente do governo.

“As pessoas são pacíficas, pensam, criticam, mas nem sempre dão visibilidade ao seu pensamento”, justificou Berta Cabral, acrescentando que as populações “fazem chegar [as suas reivindicações] por outra via, através dos seus autarcas”.

O presidente da câmara de Nordeste, José Carlos Carreiro, eleito pelo PSD, criticou o executivo regional socialista por ter alterado o projeto inicial da via rápida, fazendo com que três freguesias deixassem de ter acesso direto.

Na sequência dessas críticas, e antecedendo a visita hoje realizada pelo presidente do governo regional às obras de construção daquela estrada, o autarca afirmou que a população se sente enganada e está revoltada.

O descontentamento popular visível durante a visita traduziu-se apenas em algumas faixas colocadas junto à estrada exigindo uma ligação direta à via rápida e a entrega de abaixo-assinados, que reuniram algumas centenas de assinaturas.

“A questão não é de visibilidade, é de justiça”, afirmou hoje Berta Cabral, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, antes do início de uma reunião da Comissão Política de Ilha do PSD de S. Miguel, frisando que a “contestação no Nordeste é legítima”.

Para a líder regional social democrata, “com um investimento de 360 milhões de euros não faz sentido nenhum que se deixe por fazer o que é essencial, que é o acesso das populações que mais precisam da estrada à própria estrada”.

“É uma justa reivindicação dos nordestenses, mas também uma crítica justa de quem paga impostos, porque quem vai pagar estas obras são as gerações futuras e elas não têm visão de futuro para o Nordeste”, frisou.

Nas declarações que prestou aos jornalistas, Berta Cabral defendeu também a necessidade de os políticos “se aproximarem mais dos eleitores”, criticando as campanhas eleitorais “em que não se passam ideias, apenas se fazem ataques”.

“Essa foi a grande lição da campanha para as presidenciais”, frisou, defendendo “uma nova atitude por parte dos políticos, que têm que envolver os cidadãos nas decisões e fazê-los participar ativamente na vida política”.

Para atingir esse objetivo, frisou ser necessária “uma grande humildade e autenticidade”, acrescentando que “as pessoas só se envolvem se sentirem confiança nos políticos”.

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