PSD pede para não se repetir “erros trágicos” nas obras públicas nos Açores

O presidente do PSD/Açores alertou hoje para a situação do setor da construção civil na região, apelando para que não se repita “erros trágicos” do passado nas obras públicas, como projetos de grande dimensão que excluíram empresários locais.
“Há uma grande preocupação da construção civil nos Açores relativamente, nomeadamente, à situação das obras públicas. Para além de uma grande baixa em termos de concursos públicos, há também aqui consequências de erros, de erros trágicos, que se cometeram ao longo dos tempos, nomeadamente obras de grande dimensão que não foram subdivididas e não se permitiu que fossem os nossos empresários a poderem aceder a essas obras”, afirmou Duarte Freitas.
O responsável falava aos jornalistas à margem de uma reunião em Ponta Delgada com a direção da Associação de Industriais e da Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA).
“Face à situação em que vivemos é cada vez mais importante não se repetirem esses erros trágicos, fazerem-se as obras o mais subdivididas possíveis, para que os nossos empresários da construção civil possam aceder a estes concursos”, sublinhou.
Duarte Freitas defendeu que, por outro lado, é necessário investir na reabilitação urbana, afirmando que apelou aos candidatos do PSD/Açores nas autárquicas deste ano para incluírem esta matéria nos seus programas eleitorais, a par de políticas sociais.
O presidente do PSD/Açores lembrou que justamente no setor da construção civil “já se perderam 10 mil postos de trabalho” nos Açores, para sublinhar a importância de medidas de caráter social na região.
O presidente da AICOPA, por seu turno, disse que a associação pediu audiências a todos os partidos representados no parlamento dos Açores, aos quais está a transmitir “angústias e problemas” do setor, depois de ter feito o mesmo com diversas entidades regionais.
Pedro Marques destacou que o principal problema é a “falta de trabalho” e “o fosso entre dois quadros comunitários”, já que o próximo orçamento plurianual da União Europeia só entra em vigor em 2014.
“Estamos em maio e o volume de trabalho que tem saído não é nada do que estávamos habituados”, afirmou, dizendo que, por outro lado, “o setor privado não arranca”.
Pedro Marques disse que a associação continua a “depositar algumas esperanças em 2014” e em relação ao segundo semestre deste ano, até porque há eleições autárquicas e “saíram algumas obras” por causa disso.
Quanto à Carta Regional das Obras Públicas, prometida pelo Governo Regional dos Açores, disse ainda não ter notícias, sublinhando que o compromisso do executivo é que será conhecida em junho.

 

Lusa

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