PSD receia agravamento da situação do turismo

 A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, manifestou-se hoje preocupada com o turismo na região, que considerou ser o setor com “maior potencial” de crescimento económico e empregabilidade, admitindo que os problemas se podem agravar pela “incúria” do executivo regional.

Para a líder regional social-democrata, é “preocupante” que o ritmo de crescimento da oferta hoteleira seja superior ao ritmo da procura.

A responsável referiu que “a alteração das taxas de IVA e de IRC, decorrente da redução da autonomia fiscal por incúria do Governo Regional [PS], vai agravar ainda mais a falta de competitividade do setor”.

Berta Cabral, que falava num colóquio sobre turismo organizado pelo grupo parlamentar do PSD/Açores, defendeu que este “é o setor que atualmente apresenta maior potencial de crescimento económico e empregabilidade”, acrescentando que a sua importância para o desenvolvimento da região “exige visão e estratégia política”.

Para o PSD, é necessária “uma visão de conjunto nos domínios dos transportes e acessibilidade, ambiente, ordenamento, território, emprego e formação profissional, saúde, promoção turística e qualificação da imagem de marca”.

Berta Cabral salientou que os transportes aéreos representam um “constrangimento” para o desenvolvimento do turismo nos Açores que impede a afirmação desta marca “como destino apetecível”.

Para inverter o quadro atual, o PSD/Açores propõe uma estratégia global que integra o “combate à sazonalidade, a reestruturação e diversificação do transporte aéreo e a redefinição do transporte marítimo de passageiros”, mas também “o incentivo à inovação, fomentando o aparecimento de novos produtos e novos mercados, e a diversificação da oferta”.

Por outro lado, Berta Cabral defendeu que “a estratégia política para a promoção turística e qualificação de uma imagem de marca deverá fomentar a qualificação dos Açores como destino turístico de excelência”.

Nesta intervenção, Berta Cabral considerou ainda importante a “monitorização constante” do setor, que é muito sensível a mudanças, mas frisou que esse acompanhamento “nunca poderá ser uma função pública exercida exclusiva ou maioritariamente pelo Governo Regional”.

“O que hoje se verifica é uma crescente poluição de estruturas orgânicas ligadas ao turismo, que fazem engordar a máquina administrativa regional na proporção inversa ao crescimento do número de turistas”, afirmou.

Berta Cabral anunciou ainda que, quando o PSD assumir o executivo regional, pretende criar um Conselho Consultivo de Turismo, “maioritariamente constituído pelos protagonistas privados do setor nos Açores”.

“Um órgão que emane do próprio setor para influenciar as políticas regionais e não um organismo imposto pelo Governo para funcionar em circuito fechado”, afirmou a líder do PSD/Açores.

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